A juíza federal Gabriela Hardt, que substituiu Sergio Moro quando o atual ministro da Justiça foi para o governo de Jair Bolsonaro, disse nesta quarta-feira, 12, que também teve seu aplicativo Telegram invadido por hackers. Em nota, porém, informou que “não verificou informações pessoais sensíveis que tenham sido expostas”.
A invasão teria ocorrido no mesmo período em que os aparelhos telefônicos de procuradores da República que atuam na Lava Jato foram alvos de ataques cibernéticos. A invasão foi comunicada à Policia Federal, que apura as invasões.
Hardt impôs a Luiz Inácio Lula da Silva uma pena de 12 anos e 11 meses de prisão na ação envolvendo o sítio de Atibaia, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Foi a segunda condenação do petista na Lava Jato em Curitiba.
Responsável por substituir Moro e o atual titular da 13.ª Vara Federal em Curitiba, Luiz Antônio Bonat, a magistrada afirmou esperar “que o Poder Judiciário, do qual faz parte, perceba tal gravidade e adote medidas firmes para repelir tais condutas”.
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enviou ofício ao diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Leite Valeixo, solicitando a unificação da investigação em relação aos supostos ataques cibernéticos criminosos.
A PGR afirma “considerar necessário adotar uma linha de investigação que possa esclarecer, além do modo de atuação criminoso, os motivos e eventuais contratantes de um ataque cibernético sistemático contra membros do MPF, principalmente aqueles que atuam nas forças-tarefas da Lava Jato do Rio de Janeiro e Curitiba”.
(com Estadão Conteúdo)