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Josias Teófilo aguarda ‘sim’ de Regina Duarte para ser adjunto da Cultura

O diretor pernambucano aceitou o convite feito por assessores de Bolsonaro para substituir José Paulo Soares Martins, exonerado nesta quarta-feira

Por Edoardo Ghirotto
Atualizado em 23 jan 2020, 09h13 - Publicado em 22 jan 2020, 23h04

O cineasta Josias Teófilo confirmou ter recebido uma sondagem por parte de auxiliares do governo Jair Bolsonaro para ser o novo secretário-adjunto da Cultura. “Aceitei, mas ainda dependo do convite oficial”, afirmou o diretor pernambucano a VEJA. Teófilo ficou conhecido por ter dirigido o documentário O Jardim das Aflições, sobre o polemista Olavo de Carvalho.

O diretor foi procurado na noite de quarta-feira, 22, pelo chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten, e pelo ministro da Cidadania, Osmar Terra. A atriz Regina Duarte ainda não foi consultada sobre a escolha de Teófilo para o segundo cargo mais importante da pasta. Ele só poderá assumir o posto se Regina concordar com a nomeação.

Interlocutores do Ministério da Cidadania afirmam que o cineasta foi convencido a aceitar o cargo ao escutar que poderia dar um caráter mais técnico à Secretaria da Cultura. Terra e Wajngarten disseram a ele que desempenhar uma boa gestão o transformaria no “sucessor natural” de Regina Duarte no comando da pasta.

Regina desembarcou na quarta-feira em Brasília para passar por um período de testes na secretaria. Ela almoçou com o presidente Jair Bolsonaro, passeou pelo prédio onde fica localizada a pasta, tirou fotos com servidores e se encontrou com os secretários que já trabalham no local. Quem participou da reunião diz que só foram discutidas amenidades. Regina ficou impressionada quando o secretário de Fomento à Cultura, Camilo Calandreli, contou que era cantor lírico.

A nomeação de Teófilo visa preencher a vaga deixada por José Paulo Soares Martins, que foi exonerado na quarta-feira. Martins foi demitido pelo ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, a quem a Secretaria da Cultura está subordinada. Pessoas próximas dizem que Martins estava certo de sua permanência no cargo e que foi pego de surpresa com a exoneração.

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Segundo a coluna Radar, Regina só decidirá se assume o comando da secretaria após a volta de Bolsonaro de uma viagem à Índia, na próxima terça-feira, 28. Ela ainda tem um contrato vigente com a Rede Globo que lhe garante um salário fixo de 60.000 reais por mês. Consultada por VEJA, a emissora disse que a atriz ainda não formalizou uma posição sobre o assunto.

Teófilo, por sua vez, está na fase final de produção do seu segundo filme, Nem Tudo Se Desfaz. O documentário pretende contar como os desdobramentos políticos iniciados com os protestos de junho de 2013 levaram à eleição de Bolsonaro. O cineasta deixará uma data de lançamento já marcada nos Estados Unidos antes de assumir o cargo.

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