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José Dirceu defende foco na segurança e teme ‘efeito Bukele’ no Brasil

Petista alega que se o modelo baseado na repressão prevalecer ficará mais fácil a instauração uma ditadura legalizada no país

Por Daniel Pereira Atualizado em 9 jun 2024, 14h34 - Publicado em 9 jun 2024, 14h29
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  • Dirceu
    Lula e José Dirceu: primeiro escândalo da era petista ainda se arrasta na área de improbidade (Reprodução/VEJA)

    Condenado à prisão nos escândalos do mensalão e do petrolão, o ex-ministro José Dirceu aumentou a sua participação no debate público desde a volta do PT à Presidência da República. Em encontros com empresários, reuniões políticas e entrevistas, ele tem criticado a Operação Lava-Jato, detalhado sua luta para reverter a própria inelegibilidade e demonstrado comprometimento com o governo e o projeto de reeleição de Lula em 2026.

    O presidente tem apostado suas fichas na economia e nos programas sociais para recuperar popularidade e vencer a próxima corrida eleitoral. Dirceu concorda que essas áreas são prioritárias, mas mostra preocupação com a falta de iniciativa da nova gestão na seara da segurança pública, na qual a “extrema direita” tem nadado de braçada, aprovando medidas que resultam em mais repressão, sem que a esquerda e seus aliados de turno apresentem alternativas.

    O Congresso, por exemplo, derrubou o veto de Lula ao fim das chamadas saidinhas. Além disso, em resposta a um julgamento em curso no Supremo Tribunal Federal (STF), parlamentares prometem aprovar uma proposta de emenda constitucional que criminaliza o porte e a posse de qualquer quantidade de droga. Com medo do discurso bolsonarista de que o PT defende bandido e traficante, o governo não conseguiu até agora esboçar uma estratégia para lidar com esses temas tanto no Legislativo quanto na batalha pela opinião pública.

    Plano de ação

    Segundo Dirceu, os governistas da União e dos estados têm de reforçar medidas de inteligência para combater o crime. Com a infiltração de agentes, poderiam atingir em cheio desde grandes facções criminosas a esquemas locais de revenda de aparelhos celulares roubados, um crime menor que tem tirado a paciência do eleitorado.

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    Os resultados na área de segurança seriam bem mais expressivos — e com menos efeitos colaterais, como as execuções de inocentes que teriam sido feitas, de acordo com Dirceu, pela polícia comandada pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, um dos principais nomes da oposição a Lula. O desafio do presidente é convencer o eleitorado de que outro caminho é possível. Não será fácil. Os próprios petistas reconhecem que medidas de repressão — por mais contestadas que sejam por especialistas — têm forte apelo eleitoral.

    Para Dirceu, elas também embutem um perigo porque, quando caem no gosto popular, fortalecem demais o governante  que aposta na repressão e, assim, abrem caminho para que ele implante uma ditadura legalizada sob o pretexto de combater a criminalidade. É o isso o que quer a extrema direita no Brasil, diz Dirceu. É isso também o que teria ocorrido em El Salvador, onde Nayib Bukele, festejado por sua cruzada contra as gangues, mudou a Constituição para ter o direito de se reeleger sem limites.

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