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“Jornalismo não é crime”, diz Maia sobre denúncia a Glenn Greenwald

O presidente da Câmara afirmou ainda que a acusação ao fundador do site Intercept é uma ameaça à liberdade de imprensa

Por Roberta Paduan Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 21 jan 2020, 21h33 - Publicado em 21 jan 2020, 19h50
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  • Rodrigo Maia e Glenn Greenwald (Montagem VEJA/VEJA)

    O presidente da Câmara, o deputado Rodrigo Maia (MDB-RJ), afirmou que a denúncia contra o jornalista americano Glenn Greenwald é uma ameaça à liberdade de imprensa.

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    Greenwald, que é editor do site Intercept Brasil, foi denunciado nesta terça-feira, 21, pelo Ministério Público Federal em Brasília, no âmbito da Operação Spoofing, que investiga a atuação de hackers nas invasões de aplicativos de mensagens de autoridades da República.

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    O jornalista foi responsável por revelar o escândalo da Vaza Jato , ao publicar uma série de reportagens com os diálogos entregues a ele por um grupo de hackers. As mensagens interceptadas revelaram diálogos comprometedores entre procuradores e o ex-juiz Sergio Moro, durante a condução das investigações e julgamentos da Operação Lava Jato.

    Sem ter sido nem sequer investigado, Greenwald poderá responder pelos crimes de associação criminosa, interceptação telefônica e invasão de dispositivo informático alheio.  Maia escreveu no Twitter que “jornalismo não é crime” e que “sem jornalismo livre não há democracia”.

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    Em agosto do ano passado, o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes proibiu que a Polícia Federal apurasse a atuação do jornalista no “exercício regular de sua profissão”. Por essa razão, ele não foi indiciado na conclusão do inquérito. No entanto, o procurador Wellington Divino de Oliveira teve um entendimento diferente. Segundo ele, durante a análise de um computador apreendido na casa de um dos hackers foi encontrado um áudio de uma conversa entre o estudante Luiz Molição, integrante da quadrilha, e Greenwald. No diálogo, segundo o MPF, o jornalista orienta o grupo a apagar as mensagens trocadas entre eles, “caracterizando clara conduta de participação auxiliar no delito, buscando subverter a ideia de proteção a fonte jornalística em uma imunidade para orientação de criminosos”.

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    No documento apresentado à Justiça Federal, o MPF ainda afirma que a “liberdade de imprensa é pilar base de um Estado Democrático de Direito e faz parte do papel da mídia desnudar as entranhas dos esquemas de poder e corrupção que assolam o país”. “Diferente é a situação em que o ‘jornalista’ recebe material ilícito enquanto a situação delituosa ocorre e, tendo ciência de que a conduta criminosa ainda persiste, mantém contato com os agentes infratores e ainda garante que os criminosos serão por ele protegidos, indicando ações para dificultar as investigações e reduzir a possibilidade de responsabilização penal”, diz o procurador Wellington Oliveira.

    Além de Greenwald, outras seis pessoas foram denunciadas: Walter Delgatti Netto, o ‘Vermelho’; Thiago Eliezer Martins Santos; Danilo Cristiano Marques; Gustavo Henrique Elias Santos; Suelen Oliveira, esposa de Gustavo; Luiz Molição.

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