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Investigado sob suspeita de fraude, Mandetta será ministro da Saúde

Deputado federal, que terá o segundo maior orçamento da Esplanada dos Ministérios, é alvo de inquérito relativo ao período em que foi secretário em MS

Por Da Redação Atualizado em 21 nov 2018, 18h02 - Publicado em 20 nov 2018, 15h17
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  • O deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), médico ortopedista, foi anunciado nesta terça-feira, 20, como o futuro ministro da Saúde do governo de Jair Bolsonaro (PSL). O nome foi anunciado pelo presidente eleito por meio do Twitter após reunião com representantes do setor.

    De acordo com a proposta orçamentária do governo para 2019, Mandetta terá disponíveis 128,19 bilhões de reais, o segundo maior orçamento da administração federal, atrás apenas do Ministério do Desenvolvimento Social (745 bilhões de reais), que cuida da Previdência.

    Ex-secretário da Saúde de Campo Grande (MS) entre 2005 e 2010, durante a gestão de Nelson Trad Filho, o futuro ministro responde a um inquérito aberto quando ele estava no cargo. Ele é investigado por fraude em licitação, tráfico de influência e caixa dois na implementação de um sistema de prontuário eletrônico. Antes de assumir a pasta, ele foi presidente da Unimed na capital sul-matogrossense.

    Auditoria feita pela Controladoria-Geral da União (CGU) em 2014 mostrou que, apesar de o pagamento pelo contrato estar praticamente finalizado, o sistema não havia sido instalado nas unidades de saúde. O parlamentar nega irregularidades.

    O caso estava no Supremo Tribunal Federal (STF), mas foi remetido à Justiça Federal do estado depois da decisão da Corte que restringiu o foro privilegiado a parlamentares a crimes cometidos no exercício do mandato.

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    Pesou na indicação, entretanto o apoio de deputados da Frente Parlamentar da Saúde, representantes das associações das Santas Casas e outras entidades médicas que apoiam o nome do deputado do MS.

    Esperado

    A indicação já era esperada. Na última semana, o coordenador da transição, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), disse que o parlamentar tinha a “preferência” do presidente eleito para comandar a pasta.

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    De acordo com o blog Radar, antes mesmo de ser confirmado no comando da Saúde, Mandetta começou a ser tratado pelos seus colegas de Congresso como integrante do primeiro escalão do governo.

    Com a nomeação, o DEM ocupará o terceiro ministério no governo de Bolsonaro apesar de ainda não ter decidido apoiar formalmente o governo. O partido tem a chefia da Casa Civil, com Onyx, e a Agricultura, com a deputada federal Tereza Cristina, também de Mato Grosso do Sul. A legenda trata as indicações como pessoais do presidente eleito ou dos setores interessados.

    (Com Estadão Conteúdo e Reuters)

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