Clique e Assine VEJA por R$ 9,90/mês
Continua após publicidade

Investigação apura se Cabral pagou por dossiês sobre Bretas

Segundo a TV Globo, denúncia sobre suposta compra de informações partiu de dentro de presídio. Defesa do peemedebista nega

Por Da Redação Atualizado em 4 jun 2024, 19h59 - Publicado em 8 nov 2017, 15h23

Uma investigação sigilosa da Polícia Federal apura se o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) ordenou, de dentro da cadeia, a produção de dossiês contra o juiz federal Marcelo Bretas, responsável pelos processos da Operação Lava Jato no Rio. A informação foi veiculada nesta quarta-feira pelo Jornal Hoje, da TV Globo.

Segundo a reportagem, a denúncia de que Cabral estaria financiando a coleta de informações sobre Bretas partiu de dentro da cadeia pública José Frederico Marques, em Benfica, Zona Norte carioca, onde estão detidos os investigados pela Lava Jato no Rio. A informação seria a de que o peemedebista estaria usando um fundo milionário para bancar os dossiês sobre o magistrado.

Conforme a TV Globo, houve pesquisas por anotações criminais de Bretas e da mulher dele, a também juíza Simone Bretas, no sistema da Polícia Civil fluminense. As consultas foram feitas em janeiro, maio e setembro de 2017, após, portanto, a prisão de Sérgio Cabral, em novembro de 2016. A pedido da PF, a Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro informou que um inspetor da Polícia Civil lotado no 22º DP, do bairro da Penha, fez pesquisas sobre Bretas.

A reportagem afirma ainda que a secretaria informou à Polícia Federal, por meio de um relatório, nomes de outros agentes que fizeram consultas sobre o magistrado e familiares dele em pelo menos outras duas delegacias.

À TV Globo, a defesa de Cabral afirma que a informação de que ele teria pago por dossiês contra o juiz é “uma mentira antes de uma maldade sádica, com claro propósito de criar intriga entre o ex-governador e o magistrado, certamente como forma de incitá-lo a determinar nova transferência para um presídio federal”.

Continua após a publicidade

No último interrogatório de Cabral diante de Bretas, o juiz interpretou como ameaça uma declaração do peemedebista de que a família do magistrado atua no ramo de bijuterias. “Eu não recebi com bons olhos o interesse manifestado do acusado de informar que a minha família trabalha com bijuteria, por exemplo. Isso é o tipo da coisa que pode, subliminarmente, ser entendida como algum tipo de ameaça”, afirmou o juiz federal.

Ao final da audiência, a pedido do Ministério Público Federal (MPF), Marcelo Bretas determinou que Sérgio Cabral fosse transferido a um presídio federal. Uma decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), contudo, impediu a transferência. Para Gilmar, o diálogo entre Cabral e Bretas foi “talvez um pouco ríspido”, mas “nada de mais”.

O ex-governador do Rio volta a ficar frente a frente com o magistrado nesta quarta-feira, quando será interrogado em um processo que apura desvios na Secretaria de Saúde durante sua gestão.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.