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Intrigas e ‘esqueletos’ minam candidaturas a ministro do STF

Auxiliares de Bolsonaro fazem lobby a favor de determinados nomes e também atuam para inviabilizar outros

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 21 set 2020, 16h00 - Publicado em 6 Maio 2020, 14h39

Em meio à crise provocada pelo novo coronavírus, que já resultou mais de 7.900 mortes no país, o presidente Jair Bolsonaro tem sido aconselhado a descartar alguns nomes para a futura vaga a ser aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) com a aposentadoria compulsória do decano Celso de Mello, em novembro. Bolsonaro, que no fim de semana voltou a participar de protestos que, entre outros pontos, defendiam o fechamento do STF, tem uma preocupação em particular com a escolha do sucessor de Celso de Mello. O decano do Supremo é relator do inquérito aberto na segunda-feira, 26, para apurar as declarações do ex-ministro Sergio Moro de que o presidente queria interferir politicamente em órgãos de investigação. Se o caso não estiver concluído até a aposentadoria de Mello, o nome indicado por Bolsonaro pode assumir o andamento do processo, decidindo, por exemplo, sobre quebras de sigilo, coleta de depoimentos e realização de perícias.

Conforme revelou VEJA em sua última edição, entre os nomes mais cotados estão o do novo ministro da Justiça André Mendonça e o do ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Ives Gandra Martins Filho. Mas ao mesmo tempo em que interlocutores tentam convencer o presidente sobre que nome escolher, há um movimento igualmente forte para tentar influenciar Bolsonaro a descartar alguns candidatos, especialmente entre os ministros do Superior Tribunal de Justiça. “Todo o STJ é candidato a ministro do Supremo”, disse a VEJA um integrante do tribunal, candidatíssimo.

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Um dos alvos dos bolsonaristas é o presidente do STJ João Otávio de Noronha. Ele se aproximou de Bolsonaro antes mesmo de o presidente ter sido diplomado, mas agora um senão tem sido aventado nas discussões de seu nome para o STF. O filho do ministro, o advogado Otávio Henrique Menezes de Noronha, é muito próximo do também advogado Antonio de Rueda, vice-presidente do PSL, antigo partido do ex-capitão e sigla com a qual ele mantém rusgas públicas. Auxiliares de Bolsonaro querem distância de candidatos com laços – ainda que laterais – com o PSL.

Além de Noronha, outro conhecido supremável dentro do STJ é o atual corregedor nacional de Justiça, Humberto Martins, e, a partir de agosto, novo presidente do Superior Tribunal de Justiça. Evangélico, ele se aproximou do senador Flávio Bolsonaro, o Zero Um, e tem buscado padrinhos para tentar viabilizar sua candidatura. Por ora, é classificado por bolsonaristas apenas como um auto-candidato, principalmente porque seu nome dele e de seu filho apareceram em mais de uma delação premiada durante as investigações da Lava-Jato no Rio de Janeiro. “O Humberto diz que é candidato, mas não pode ser levado a sério com esse passivo”, afirmou a VEJA um ministro do Supremo.

Luís Felipe Salomão, Herman Benjamin e Mauro Campbell, todos ministros do STJ, também são lembrados como possíveis candidatos, mas sem grandes chances de serem indicados.

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