Instituto Conservador-Liberal de Eduardo Bolsonaro não decolou
Com o pai fora da Presidência da República, deputado e sócio tem tirado dinheiro do bolso para manter a entidade em Brasília

O desejo do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) de criar uma instituição que representasse o conservadorismo no país patina desde que seu pai deixou a Presidência da República, em dezembro. Como mostrou VEJA em junho do ano passado, o parlamentar alugou uma casa em Brasília para abrigar o Instituto Conservador-Liberal, que promoveria convenções e seminários para congregar o campo político da direita do Brasil. O único evento realizado até hoje foi o lançamento de um livro — do próprio Eduardo.
O instituto tem tentado aumentar o rol de colaboradores, mas a taxa cobrada dos sócios, de até 5 mil reais, parece estar afastando novos interessados. Atualmente, o número de membros do grupo não ultrapassa 100. “A gente está precisando captar doações para montar a estrutura, comprar mesa, cadeiras, dinheiro para contratar pessoas”, diz Sérgio Sant’Ana, advogado e sócio de Eduardo na empreitada.
Ele conta que já teve de colocar dinheiro do próprio bolso para manter o instituto. Apesar da maré ruim, o advogado aposta que o bolsonarismo tende a crescer, mesmo com Jair Bolsonaro inelegível pelos próximos oito anos. “O ex-presidente agora está livre para fazer campanhas para prefeitos, vereadores, viajar pelo país”, diz Sérgio, que lançou na internet uma campanha para atrair novos membros e arrecadar fundos.