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Imbassahy deixa articulação política de Temer

Tucano deixa Secretaria de Governo na véspera da convenção nacional do PSDB. Ele vinha sendo alvo de boicote de partidos do Centrão

Por Guilherme Venaglia, de Brasília
Atualizado em 4 jun 2024, 17h21 - Publicado em 8 dez 2017, 17h00
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  • Um dos três tucanos que ainda ocupavam ministérios no governo do presidente Michel Temer (PMDB), Antonio Imbassahy pediu nesta sexta-feira para deixar a Secretaria de Governo. A carta com o pedido de exoneração foi entregue ao peemedebista por Imbassahy às vésperas da convenção nacional do PSDB que, neste sábado, deve selar a saída do partido da base aliada.

    Também por carta, o presidente Temer agradeceu ao tucano. “A sua ponderação, o seu equilíbrio e a sua firmeza foram fundamentais para que não só atravessássemos momentos delicados, mas especialmente porque o Brasil não parou. Eu, o Governo e o País devemos muito a você”, escreveu Temer. “Sei que, no Parlamento, continuará a defender os interesses do Brasil”, concluiu.

    Substituto do ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) na pasta, Imbassahy era responsável pela articulação política do Palácio do Planalto no Congresso. Ele estava enfraquecido e vinha sendo boicotado por partidos do chamado Centrão, conjunto de siglas médias que dá sustentação ao presidente no Legislativo, desde que eclodiu a divisão interna do PSDB entre governistas e oposicionistas.

    Os deputados tucanos não apoiaram maciçamente Temer nas duas denúncias apresentadas contra ele pela Procuradoria-Geral da República (PGR) a partir das delações de executivos da JBS. Líderes do Centrão passaram a condicionar à saída dos ministros do PSDB do governo a aprovação de medidas econômicas propostas pelo Planalto no Congresso, sobretudo a reforma da Previdência, em tramitação na Câmara. O governo ainda não tem os 308 votos necessários à aprovação das mudanças nas aposentadorias e, nos últimos dias, intensificou as negociações com partidos da base aliada. O Planalto quer que a reforma seja votada ainda em 2017.

    Antes de Imbassahy, no início de novembro, o também tucano Bruno Araújo pediu exoneração do Ministério das Cidades e foi substituído pelo deputado Alexandre Baldy (PP-GO). O PSDB ainda está representado no primeiro escalão do governo Temer com os ministros Aloysio Nunes Ferreira (Relações Exteriores) e Luislinda Valois (Direitos Humanos).

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    No final do mês passado, a saída de Antonio Imbassahy do cargo havia sido dada como certa e ele seria substituído na pasta pelo deputado federal Carlos Marun (PMDB-MS), membro da tropa de choque de Temer no Congresso. O nome de Marun chegou a ser confirmado pelo perfil do Palácio do Planalto no Twitter, mas, após o vazamento da informação da substituição, o presidente voltou atrás.

    O deputado sul-mato-grossense,  que tem apoio da bancada do PMDB da Câmara, continua como o nome mais forte para assumir o lugar de Imbassahy.

    Leia aqui a carta de demissão de Imbassahy.
    Leia aqui a carta de agradecimento de Temer.

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