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Haddad diz que Rosa deve julgar Lula ‘de acordo com a lei’, sem pressões

Candidato a vice na chapa do PT, ex-prefeito de São Paulo ainda declarou que o partido tem sido 'impecável' na estratégia pela candidatura do ex-presidente

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 14 ago 2018, 21h25 - Publicado em 14 ago 2018, 20h07

Candidato a vice na chapa do PT à Presidência da República, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad disse nesta terça-feira, 14, que o Judiciário não deve estar sujeito a pressões ao decidir se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está preso em Curitiba e enquadrado na Lei da Ficha Limpa, poderá participar das eleições.

Ele foi questionado sobre pressões que a nova presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, sofrerá no cargo, e rebateu: “Quem está pressionando? Os adversários do presidente Lula? Rosa Weber tem de julgar de acordo com a lei, não de acordo com os telefonemas que ela for receber”, afirmou. Rosa toma posse no cargo na noite desta terça.

Após representar Lula em evento com presidenciáveis promovido pela União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (UNECS), em Brasília, Haddad disse ainda que o PT tem sido “impecável” na estratégia de manter e defender a candidatura de Lula.

O partido tem até esta quarta-feira, 15, para registrar a chapa composta pelo ex-presidente e o ex-prefeito paulistano junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que tem até o dia 17 de setembro para dar uma decisão sobre o deferimento ou não do registro. Depois desse prazo, ainda cabem recursos.

Caso Lula seja barrado na Corte eleitoral com base na Ficha Limpa, que impede a candidatura de condenados em segunda instância, como o petista, Fernando Haddad assumirá a titularidade da chapa e terá como vice a deputada estadual do Rio Grande do Sul Manuela D’Ávila (PCdoB).

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Sobre a ausência do ex-presidente nos debates eleitorais, Haddad afirmou que o Brasil vive uma situação de excepcionalidade e defendeu que a presença do líder petista nos eventos. Mais cedo, o candidato Ciro Gomes (PDT) criticou a participação do ex-prefeito no lugar de Lula.

“Nossa reivindicação é que o Lula participe e tenho certeza que o Ciro concorda com isso. Se a Justiça negar, que as emissoras convidem um representante. Não há nenhuma proibição nisso”, afirmou Fernando Haddad. “O que nós defendemos é que o presidente Lula participe da corrida eleitoral e o povo é que vai julgar”, completou.

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