Haddad atribui rejeição à ‘falta de comunicação’
Em sabatina, o prefeito de São Paulo negou caixa 2 em campanha de 2012 e afirmou que "o maior erro do PT foi não ter feito uma reforma política"
Reprovado por 48% dos paulistanos, o prefeito Fernando Haddad (PT) atribuiu a um problema de comunicação a rejeição constatada no mais recente levantamento do Datafolha. Em sabatina promovida pelo portal UOL, o jornal Folha de S. Paulo e o SBT, o petista candidato à reeleição disse que seus feitos foram “pouco divulgados”,
“O noticiário, por razões óbvias, focou os temas nacionais. Tivemos pouco espaço de divulgação, mas é para isso que serve a campanha eleitoral, quando eu poderei divulgar as ações de governo e o conceito de cidade que eu defendo. O tempo de campanha [na TV] caiu, mas vamos ter tempo de dialogar”. Antes, Haddad havia atribuído a má avaliação à confusão das pessoas.
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Sobre a série de escândalos envolvendo seu partido, Haddad saiu-se com essa: “O PT tinha de ter tido coragem de fazer a reforma politica. O maior erro do PT foi não ter feito a reforma política”. O petista negou que tenha ocorrido caixa dois em sua campanha de 2012, que custou 90 milhões de reais. A campanha de Haddad foi chefiada pelo marqueteiro João Santana, preso na Operação Acarajé, 23ª fase da Lava Jato e que admitiu, em depoimento ao juiz Sergio Moro, a prática de caixa 2 na campanha à reeleição de Dilma Rousseff.
“O que eu te asseguro é que uma campanha tem dois responsáveis: o candidato e o tesoureiro da campanha. Nem eu, nem meu tesoureiro seremos citados por isso. Quem responde pela campanha sou e eu meu tesoureiro e quanto a isso não há problemas.”, afirmou o petista.