Haddad amarga a terceira derrota consecutiva em disputas eleitorais

Fernando Haddad (PT) perdeu neste domingo, 30, a disputa ao governo de São Paulo para o adversário Tarcísio de Freitas (Republicanos) e, com o resultado, amarga a terceira derrota eleitoral consecutiva. A derrota veio depois do petista liderar boa parte da disputa ao Palácio dos Bandeirantes.

Haddad disputou o primeiro cargo eletivo em 2012, quando, embalado pela popularidade deixada pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Dilma Rousseff (PT), venceu José Serra (PSDB) na disputa à Prefeitura de São Paulo. Seu primeiro ano de mandato à frente do Executivo municipal foi turbulento — enfrentou os protestos de 2013 contra o aumento da tarifa de transporte que descambaram para um movimento amplo contra o governo nacional e que acabaram desgastando a imagem do PT.

A eclosão da Operação Lava Jato em 2014 e o simultâneo crescimento do antipetismo, somados a uma gestão controversa de Haddad — o que incluiu medidas polêmicas que foram desde a expansão de ciclofaixas até a redução da velocidade em vias da capital — levaram o petista a ser derrotado, em primeiro turno, para o então tucano em ascensão João Doria (PSDB), em 2016.

Em 2018, com Lula preso e impedido de concorrer às eleições presidenciais, Fernando Haddad disputou o pleito como candidato do Partido dos Trabalhadores e foi derrotado por Jair Bolsonaro (PL) — por 55,13% a 44,87% dos votos.

Haddad tem em seu currículo a experiência em cargos técnicos como ministro da Educação nos governos Lula e Dilma, entre 2005 e 2012 e, anteriormente, passagem pelo Ministério do Planejamento durante a gestão de Guido Mantega, entre 2003 e 2004. Também passou pela Secretaria de Finanças na gestão Marta Suplicy na Prefeitura de São Paulo, entre 2001 e 2003.