O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta quarta-feira, 16, que o hacker Walter Delgatti poderá ficar em silêncio no depoimento que prestará nesta quinta na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas de 8 de Janeiro.
A defesa do hacker havia entrado com um pedido de habeas corpus preventivo na Corte. Fachin também garantiu que Delgatti poderá ser assistido por seu advogado durante o depoimento e afirmou que o hacker não poderá sofrer constrangimentos físicos ou morais ao permanecer calado diante de perguntas dos parlamentares.
Delgatti foi preso pela Polícia Federal (PF) no início deste mês pela suposta invasão aos sistemas eletrônicos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A PF investiga se o ato foi promovido a mando da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). De acordo com as investigações, o hacker teria emitido falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes.
Mais cedo, Delgatti prestou depoimento à PF, em Brasília. Ele estava preso em Araraquara (SP) e foi transferido para a capital federal para ser ouvido sobre sua suposta participação nos ataques virtuais ao Poder Judiciário.
O advogado de Delgatti afirmou que seu cliente recebeu cerca de 40.000 reais de Zambelli para “invadir qualquer sistema do Judiciário”. A defesa da deputada nega.
(Com Agência Brasil)