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Governo está disposto a negociar visita a palestinos, diz porta-voz

General Rêgo Barros esquivou-se ao ser questionado sobre o reconhecimento pelo Brasil da Palestina como nação

Por Julia Braun, de Jerusalém
31 mar 2019, 17h38

O porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, afirmou neste domingo, 31, em Jerusalém, que o governo brasileiro está à disposição para negociar uma possível viagem aos territórios palestinos.

Em declaração à imprensa no hotel onde o presidente Jair Bolsonaro está hospedado em Israel, o porta-voz evitou comentar o fato mais a fundo ou confirmar se viagens à Palestina ou a outras nações árabes são uma possibilidade para o governo.

Questionado, contudo, sobre as queixas das autoridades palestinas sobre a falta de resposta do Brasil aos muitos convites para uma visita oficial, Rêgo Barros afirmou que a questão será discutida.

“O nosso Ministério das Relações Exteriores vai buscar esse contato para aclarar algumas dúvidas e colocar-se a disposição para estabelecer um link para futuras viagens a esses países e a outros países”, disse.

O general esquivou-se também ao ser questionado sobre o reconhecimento pelo Brasil da Palestina como nação e disse apenas que o país tem “relações diplomáticas com vários países”.

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Mais cedo neste domingo, o ministro-chefe do Gabinete Institucional (GSI), Augusto Heleno, afirmou que o governo nem sequer pensou em incluir uma visita oficial aos territórios palestinos durante a atual viagem de Bolsonaro a Israel.

Augusto Heleno esquivou-se de dar sentido a essas escolhas que, para analistas brasileiros, indicaram a preferência a Israel, em detrimento das relacões com os países muçulmanos do Oriente Médio.

Nesta segunda, 1, Bolsonaro tem uma visita marcada ao Muro das Lamentações, o segundo local mais sagrado para o judaísmo. O presidente será acompanhado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

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Esta é a primeira vez que o premiê israelense acompanha um chefe de Estado em visita oficial ao local. A decisão do governo também marca uma mudança na política externa brasileira em favor de Israel.

O Muro das Lamentações fica no setor leste de Jerusalém, parte do território ocupado por Israel desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967. Para muitos, visitar o local ao lado do líder israelense significa reconhecer a soberania do país sobre a região.

O compromisso na agenda de Bolsonaro também foi interpretado como uma tentativa de favorecer a reeleição de Benjamin Netanyahu. O premiê concorrerá a mais um mandato no cargo no próximo dia 9, quando serão realizadas as eleições parlamentares no país.

O porta-voz da Presidência negou o tom político da visita do presidente ao Muro das Lamentações. “O presidente não está analisando essa visita sob qualquer aspecto que não apenas o emocional e o religioso”, disse.

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