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Governador de Roraima é acusado de agiotagem

Promotor do Ministério Público estadual pediu que denúncia fosse encaminhada ao STJ

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 22 Maio 2022, 10h05

O governador de Roraima, Antônio Denarium (PP), foi eleito em 2018 com o apoio do presidente Jair Bolsonaro, mas este ano corre o risco de não se reeleger. Pesquisa feita pelo instituto Pontual em abril mostra que a ex-prefeita de Boa Vista, Teresa Surita (MDB), ex-mulher do ex-senador Romero Jucá, tem 64,6% das intenções de votos e Denarium 32,3%. Além da baixa aceitação do eleitorado, o governador tem um problema pela frente.

Denarium é acusado de fazer agiotagem. Empresários e advogados que os representam tentam provar que o governador usa uma factoring, que é uma empresa comercial, sem autorização para operações financeiras, para fazer empréstimos ilegais. Um deles chegou a apresentar uma notícia-crime contra o governador junto ao Ministério Público do Estado.

“A empresa dele é uma mistura de agiotagem com factoring. O que ele faz é emprestar dinheiro”, diz o advogado Francisco Salismar, que fez a defesa de uma das supostas vítimas.

A notícia-crime foi apresentada pelo madeireiro Bruno Queiroz no ano passado. Segundo o empresário, a empresa do governador vem atuando de forma ilegal, como verdadeira agência de empréstimo bancário, fazendo agiotagem e cobrando juros acima do praticado pelos bancos. São citados mais de 100 processos de execução de títulos , incluindo processos de cobrança de dívidas de pessoas físicas.

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O promotor Andre Paulo dos Santos Pereira, do MP do Estado, analisou a notícia-crime e viu indícios de irregularidades nos negócios financeiros de Denarium, conduta que teria ligação com a função pública. O promotor recomendou que o assunto fosse encaminhado para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), já que o governador tem foro privilegiado.

Por intermédio de sua assessoria, o governador atribuiu as acusações a adversários políticos, que estariam interessados em atrapalhar sua campanha.

Em 2010, quando concorreu ao cargo de suplente de senador, Antônio Denarium declarou um patrimônio pessoal de 2,4 milhões de reais junto ao TSE. Em 2018, quando disputou o cargo de governador, seus bens já somavam 15 milhões de reais.

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