Na noite de quarta-feira, 10, caciques do União Brasil se reuniram em um salão de festas de Brasília para comemorar a posse de ACM Neto no comando da Fundação Índigo, vinculada à legenda.
Nomes tradicionais do partido e políticos recém-chegados marcaram presença na cerimônia, como os líderes da Câmara, Elmar Nascimento, e no Senado, Efraim Filho, o ex-presidente do DEM Agripino Maia, o ex-presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e a deputada Rosângela Moro.
No entanto, chamou atenção a ausência de ministros que atualmente compõem o governo Lula e são considerados da cota do partido. Dos três ocupantes de uma cadeira na Esplanada, apenas Juscelino Filho, chefe do Ministério das Comunicações, compareceu.
Faltaram o ministro da Integração Nacional, Waldez Góes, e a ministra do Turismo, Daniela Carneiro. Os dois são considerados da cota do União Brasil – Góes é braço-direito de Alcolumbre, mas estava no PDT quando foi indicado por ele à pasta. Já a chefe do Turismo é vista como uma escolha do próprio presidente Lula, como agradecimento ao apoio dado por ela e seu marido, o prefeito de Belford Roxo Waguinho Carneiro, nas eleições de 2022.
Durante o evento, dirigentes do partido admitiram que não mantêm relação estreita com os ministros, o que justifica a ausência na celebração e a divisão interna do União em relação ao apoio ao governo Lula.
Um dos principais caciques do União acrescentou que o partido estuda, nos próximos dias, liberar Daniela Carneiro da legenda. Ela entrou com um pedido de desfiliação no Tribunal Superior Eleitoral, mas, se não houver justa causa, pode perder o mandato de deputada.