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Fala de Tarcísio no dia da eleição sobre ‘salve’ do PCC provoca indignação de Boulos

Governador afirmou que a inteligência interceptou mensagens da organização criminosa pedindo votos no psolista, mas não apresentou as provas

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 27 out 2024, 16h56 - Publicado em 27 out 2024, 16h52

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, disse neste domingo, 27, que o serviço de inteligência da Polícia Militar interceptou conversas da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) com orientações para que as pessoas votassem no candidato Guilherme Boulos (PSOL) para prefeito da capital. O governador não apresentou nenhuma prova de suas declarações durante a entrevista, concedida em uma escola de São Paulo, após o político votar.

Tarcísio apoia a reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que tem como adversário o candidato Guilherme Boulos. O político do PSOL reagiu indignado e prometeu levar o caso para a Justiça.

Tarcísio fez esta afirmação sobre conversas interceptadas do PCC durante coletiva de imprensa após votar no Colégio Miguel de Cervantes, no Morumbi, na zona Sul de São Paulo. O governador foi questionado primeiramente sobre orientações do PCC para que ninguém votasse na candidata Rosana Valle (PL) para prefeita de Santos. Tarcísio estava ao lado de Nunes na hora que fez as declarações.

Perguntado se houve o mesmo tipo de ocorrência em São Paulo, o governador confirmou. “Aconteceu aqui também, teve o ‘salve’. Houve interceptação de conversas, de orientações que eram emanadas de presídios por parte de uma facção criminosa orientando determinadas pessoas em determinadas áreas a votar em determinados candidatos. Houve essa ação de intercepção, de inteligência, mas não vai influenciar nas eleições”. Perguntado em qual candidatos os integrantes do PCC pediam para votar, Tarcísio respondeu “Boulos”.

A Secretaria de Segurança Pública informou que o Sistema de Inteligência da Polícia Militar interceptou a circulação de mensagens atribuídas a uma facção criminosa determinando a escolha de candidatos à prefeitura nos municípios de Sumaré, Santos e Capital. “A Polícia Civil investiga a origem das mensagens”. O governo de São Paulo informou que mensagens interceptadas serão encaminhadas à Justiça Eleitoral.

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Boulos se manifestou nas rede sociais. “Imaginei que ao menos hoje fosse ser um dia mais tranquilo em relação às mentiras, que os nossos adversários fizeram durante toda a campanha, mas eu recebi a notícia, agora há pouco, de algo que assim beira o inacreditável. O governador do Estado de São Paulo, governador Tarcísio acabou de divulgar, ao lado do candidato dele, acabou de fazer uma declaração extremamente grave, sem nenhum tipo de prova, dizendo que o PCC teria determinado voto em mim”, disse Boulos.

“Gente. Olha o nível. Acho que as pesquisas que devem estar fazendo monitorando os colégios eleitorais devem estar demonstrando a onda de mudança, a onda de virada acontecendo na cidade, e partiram para o desespero absoluto. É o laudo falso do segundo turno”, afirmo Boulos.”E no dia da eleição e usando a máquina, na boca do governador do estado. É uma coisa inacreditável o que está acontecendo nesse momento em São Paulo para tentar influenciar as eleições, para mais uma vez, como fizeram a campanha toda, tentar botar medo nas pessoas”.

Boulos comparou a fala de Tarcísio a um laudo falso contra ele por suposto uso de drogas, apresentado pelo candidato Pablo Marçal. “Nós vamos entrar com todas as medidas cabíveis contra o governador e quem propagou essa mentira. Ele está dizendo que aconteceu, mostre. Era a mesma coisa do laudo. Eu fiquei primeiro turno inteiro tendo que responder sobre um ataque absurdo de uso de droga, há dois dias da eleição veio um laudo que era falso, agora, no dia da eleição, preocupado com os resultados, o governador do Estado faz uma declaração irresponsável, mentirosa como essa, ao lado do seu candidato, que é o meu adversário”.

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