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“Faço dinheiro”

O ex-motorista de Flavio Bolsonaro diz que suas movimentações se devem à habilidade em vender carros, mas nada explica sobre o rolo com o primeiro-filho

Por Ana Clara Costa Atualizado em 28 dez 2018, 07h00 - Publicado em 28 dez 2018, 07h00

Quem esperava com impaciência as explicações de Fabrício Queiroz, o ex-motorista e assessor do senador eleito Flavio Bolsonaro (PSL), para as movimentações atípicas levantadas por órgãos de controle financeiro, saiu sem entender nada. Depois de três semanas de sumiço, Queiroz finalmente reapareceu. Deu as caras em uma entrevista exclusiva ao SBT. Disse não ter feito nada de errado e revelou tratar um câncer no intestino, razão pela qual faltará à terceira tentativa do Ministério Público Federal (MPF) de ouvi-lo no processo sobre possíveis malfeitos.

O bom amigo da família Bolsonaro afirmou que as movimentações proliferaram em sua conta porque ele é “um cara de negócios”, que “gosta de comprar carro”. Em suas palavras: “Faço dinheiro. Compro, revendo, compro, revendo, compro carro, revendo carro. Sempre fui assim”. Queiroz corroborou a explicação do clã Bolsonaro de que os depósitos que fez em benefício da futura primeira-dama Michelle são pagamentos de um empréstimo de 40 000 reais, mas declarou que só ao MPF confiará a razão de ter recebido repasses de outros funcionários do gabinete de Flavio Bolsonaro. Desconfianças à parte, Queiroz jurou que o clima no gabinete de Flavio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) é incompatível com maledicências. “No nosso gabinete, a palavra é: não se fala de dinheiro, não se dá dinheiro”, disse.

Queiroz saiu da toca, mas segue sem revelar a origem e o destino da maior parte do 1,3 milhão de reais que movimentou em um ano. Também não explicou como sua filha Nathalia conseguiu conciliar o trabalho de personal trainer de celebridades no Rio com o expediente no gabinete de Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados, em Brasília, entre 2016 e 2018. Garantiu não ser “laranja”. O pouco que ele disse foi constrangedor.

Publicado em VEJA de 2 de janeiro de 2019, edição nº 2615

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