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Exército fará pesquisa para ouvir o povo brasileiro

Levantamento nacional vai ouvir 2.000 pessoas, nas cinco regiões do país, para ditar os rumos da Força

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 20 jan 2022, 15h04 - Publicado em 20 jan 2022, 09h49
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  • O Exército tem sido uma das instituições de Estado mais pressionadas por Jair Bolsonaro nestes três anos de governo. Desde o regime militar, nunca tinha sido utilizado de forma tão contundente como instrumento de governo. Na atual gestão, o presidente da República entregou cargos de primeiro e segundo escalões a oficiais e usa a Força, a que chama de “meu Exército”, para tentar intimidar outras instituições, como o Supremo Tribunal Federal. Ciente do potencial de dano de imagem decorrente de seu envolvimento no debate político, a Força decidiu fazer uma pesquisa nacional para ouvir o povo brasileiro.

    Serão gastos 206 mil reais para um levantamento com pelo menos 2.000 brasileiros, em 50 municípios, abrangendo todas as regiões do país. As entrevistas, face a face, terão mais de 40 perguntas. Trata-se de um questionário que poderá ajudar o Exército a traçar suas atividades nos próximos anos. A última pesquisa parecida foi feita em 2017, durante o governo de Michel Temer.

    O Estudo Técnico Preliminar do Exército detalha os objetivos da pesquisa: “Tão importante quanto a legalidade e o aspecto formal da legitimidade do emprego de forças militares é a percepção que a sociedade e a população local da área de operações têm sobre o emprego de forças militares numa operação, pois a opinião pública, tanto nacional quanto internacional, pode estar menos propensa a aceitar o emprego da Força para a solução de antagonismos”, diz o documento, que faz referência também ao emprego político da força. “A participação do Exército Brasileiro em eventos e momentos políticos nacionais, como integrante legítimo da sociedade brasileira, desde os primórdios da sua formação em 1648, obriga-o a estar em permanente sintonia com a sociedade quanto aos rumos que espera dar a suas políticas de desenvolvimento institucional”.

    Ao justificar a realização da pesquisa, o Exército recorre à sua doutrina interna e novamente destaca a importância de se ouvir o povo, e não o governo de ocasião. “Os rumos dos caminhos que o Exército deve tomar a fim de poder se desenvolver institucionalmente dependem da percepção que a Sociedade Brasileira tem de seu emprego e de sua finalidade, bem como dos resultados obtidos nos diversos empregos atuais. Anualmente, o Exército recebe vultosas somas de recursos do contribuinte para desenvolver-se e estar à altura da importância que o País tem galgado no concerto das nações e necessita ter a exata noção de como a sociedade vê o emprego maciço desses recursos”.

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