Aldo Rebelo, ex-ministro e ex-presidente da Câmara dos Deputados, formalizou nesta segunda-feira a sua filiação ao PSB. O político, que deixou o PCdoB após uma convivência de quarenta anos, assinará os documentos nesta terça, em um ato que irá anteceder a reunião do Diretório Nacional do partido, em Brasília.
O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, disse que a filiação de Rebelo ocorreu devido a afinidades política, ideológica e programática. “Aldo Rebelo é uma das lideranças históricas do campo progressista em nosso país e, certamente, dará importante contribuição ao nosso partido”, afirmou, em nota publicada no site do PSB.
A coluna Radar antecipou, em maio, que Rebelo havia recebido um convite do PSB e poderia mudar de partido. Ele deixou o PCdoB em agosto, sem revelar os motivos por trás de sua decisão.
Ex-militante da Ação Popular, Rebelo entrou para o PCdoB em 1977, ainda na clandestinidade, presidiu a União Nacional dos Estudantes (UNE), de 1980 a 1981, e fez uma extensa carreira tanto no Legislativo quanto no Executivo. Como deputado, foi eleito para seis mandatos – de 1991 a 2014 – e chegou a ser presidente da Câmara no período entre 2005 e 2007.
Nos governos petistas, foi ministro das Relações Institucionais (2004 a 2005), com Luiz Inácio Lula da Silva, e do Esporte (2011 a 2015) – quando participou da organização da Copa do Mundo -, Ciência, Tecnologia e Inovação (2015) e Defesa (2015 a 2016), com Dilma Rousseff.
Em 2014, ele não disputou eleição. Nos últimos tempos, tem se dedicado à pauta do agronegócio e do meio ambiente. Ele não se pronunciou sobre sua saída do PCdoB, nem sobre qual será seu destino.