O Tribunal de Contas da União (TCU) publicou edital citando ex-diretores da Fundação dos Economiários Federais (Funcef) para apresentarem, num prazo de 15 dias, alegações de defesa quanto a supostos desmandos na administração da instituição ou devolverem 55,7 milhões de reais do prejuízo que causaram.
A Funcef é o fundo de pensão da Caixa, o terceiro maior do país, com mais de 90 bilhões de reais em ativos e 140 mil participantes.
Segundo o TCU, o rombo decorre, entre outras coisas, da aprovação de investimento desprovido de análises de risco e sem avaliação técnica.
A intimação foram enviadas para os ex-diretores Antônio Braulio de Carvalho, Guilherme Narciso de Lacerda, Jorge Luiz de Souza Arraes, Sergio Francisco da Silva, Demosthenes Marques e Carlos Alberto Caser, além da empresa DGF Investimentos Gestão de Fundos Ltda.
Guilherme Narciso de Lacerda e Carlos Alberto Caser eram ligados ao PT. Caser saiu da presidência da Funcef em 2016, durante o governo de Dilma Rousseff, após cinco anos de atuação à frente da instituição, deixando um débito acumulado de mais de 13 bilhões de reais.
Em 2016, Caser teve prisão temporária decretada pela Justiça e teve de se apresentar à Polícia Federal, na Operação Greenfield, que investigou desvios na Funcef. Os ex-dirigentes Carlos Augusto Borges, Demósthenes Marques e Maurício Marcellini Pereira foram soltos depois de prestarem esclarecimentos. Guilherme Lacerda chegou a ser preso.