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Doria exonera secretário do Verde, o quarto a cair em oito meses

Gilberto Natalini (PV) perdeu o cargo para o prefeito tucano alocar na gestão municipal os políticos do PR, seu mais novos aliado em São Paulo

Por Da Redação
18 ago 2017, 18h01

Atritos envolvendo projetos e fiscalizações ambientais na cidade de São Paulo e uma negociação política feita pelo prefeito João Doria (PSDB) para acomodar o Partido da República (PR) na prefeitura derrubaram o secretário municipal do Verde e do Meio Ambiente, Gilberto Natalini (PV), que deverá deixar o cargo na próxima terça-feira para reassumir o mandato de vereador na Câmara Municipal.

Natalini não quis comentar a demissão. Procurado, Doria afirmou que “tem profundo respeito, admiração e amizade pessoal com Natalini”.

O jornal O Estado de S. Paulo apurou que um dos atritos envolve a denúncia feita por Natalini de uma suposta quadrilha que fraudava licenciamentos ambientais de novos empreendimentos na cidade. Outro ponto é decorrente da criação do corredor verde na Avenida 23 de Maio. O plantio de mudas nas paredes da avenida foi feito usando regras de um Termo de Compensação Ambiental (TCA) criado na gestão passada, de Fernando Haddad (PT), para criar muros verdes ao redor do Elevado Presidente João Goulart, o Minhocão. A medida havia sido combatida por Natalini, então vereador, que chegou a ingressar ações judiciais contra essas paredes.

Natalini seguia entendimento de ambientalistas e engenheiros que afirmam que essas ações não fazem a mesma captura de carbono que as árvores e, assim, não poderiam ser consideradas compensações ambientais. Ele se submeteu a contragosto ao modelo após um pedido de Doria. O desgaste aumentou na semana passada, quando o prefeito informou o secretário de que o corredor verde da Avenida 23 de Maio não seria o único da cidade.

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Natalini é o quarto secretário de Doria a sair em pouco mais de oito meses de gestão. Todos são vereadores da capital. Em abril, o prefeito demitiu Soninha Francine (PPS) da Secretaria de Assistência Social, alegando perfil incompatível com a função. Em maio, Patrícia Bezerra (PSDB) pediu demissão da pasta de Direitos Humanos por discordar da ação da prefeitura na Cracolândia. Em julho foi a vez do vereador Eliseu Gabriel (PSB) alegar questões particulares para deixar a Secretaria do Trabalho.

Na quinta, Doria exonerou a controladora-geral do município, Laura Mendes de Barros. Ela ordenou há duas semanas uma investigação para apurar um escândalo municipal conhecido como “Máfia da Cidade Limpa”. As apurações têm como alvo um esquema de cobrança de propinas para liberação de propagandas proibidas pela legislação paulistana. Foram citados no escândalo catorze funcionários públicos e nove empresários ou representantes comerciais que trabalham para promotoras de anúncios.

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Política

No campo político, a gestão Doria vem buscando abrir espaços tanto para o PSB — partido aliado, mas que não tem presença no primeiro escalão desde a saída de Eliseu Gabriel — quanto para a o PR, partido que tem quatro vereadores na Câmara.

Doria almoçou com o presidente nacional do PR, Antonio Carlos Rodrigues, no dia 1º de agosto, em seu gabinete. O encontro, que não estava na agenda oficial do prefeito, contou com a participação do presidente da Câmara, Milton Leite (DEM), e do secretário de governo, Julio Semeghini.

A reunião selou a adesão do PR à gestão Doria, que teria prometido um remanejamento no secretariado para abrigar o partido. Neste sábado, um almoço com os vereadores da base deverá definir qual secretaria será dada ao partido — além do Verde, estão sendo cogitadas as pastas de Esporte, Assistência Social e Trabalho e Empreendedorismo.

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(Com Estadão Conteúdo)

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