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Dirceu vai à posse à paisana e fala sobre corrupção

O ex-ministro diz que não participou da campanha, garante que não participará do governo e que tem "história em comum" com Lula

Por Leonardo Caldas
Atualizado em 2 jan 2023, 12h03 - Publicado em 1 jan 2023, 19h02

Em 2003, José Dirceu estava no Palácio do Planalto, se preparando para assumir o cargo de chefe da poderosa Casa Civil do primeiro governo Lula. Vinte anos depois, Dirceu reapareceu como apenas um dos milhares de petistas que foram assistir à festa da posse em Brasília. O ex-ministro está na Esplanada dos Ministérios, de crachá do PT e posando para fotos ao lado de militantes do partido.

Ex-homem forte do primeiro governo do presidente Lula e apontado como virtual sucessor do petista antes de ser dragado pelos escândalos do mensalão e do petrolão, José Dirceu foi “à paisana” neste domingo à posse do antigo chefe, que assumiu neste primeiro de janeiro o terceiro mandato como presidente da República.

Duas décadas atrás, o combate à corrupção foi um dos destaques do discurso de Lula ao tomar posse. Neste ano, o tema foi deixado de lado. Perguntado à respeito, José Dirceu, que foi condenado a quase três décadas de cadeia e preso exatamente por corrupção, desconversou: “O problema da corrupção não é uma questão só de governo. É iniciativa privada, da sociedade. Precisamos fazer a sociedade se reeducar”.

Dirceu afirmou que havia “exageros” na Lei da Estatais que impediam quadros políticos de serem indicados às empresas. O interesse de afrouxar o arcabouço legal era suprapartidário – uma antiga demanda do Centrão, por exemplo – mas foi interpretado como caminho para que aliados como o ex-ministro Aloizio Mercadante ou o senador Jean Paul Prates pudessem assumir, respectivamente, as presidências do BNDES e da Petrobras.

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Como se sabe, a Lei das Estatais ganhou corpo após o escândalo descoberto pela Operação Lava-Jato, quando o PT, o Progressistas e o MDB aparelham três das mais importantes diretorias da Petrobras e construíram caixas paralelos milionários para financiar projetos políticos e campanhas partidárias. Foi pelo mesmo esquema, aliás, que Lula foi condenado a 26 anos de cadeia e passou 580 dias preso.

O ex-ministro também disse que não participou da campanha, garante que não participará do governo, mas ressalta que ainda tem “uma história em comum com o presidente”.  Aproveitou para elogiar Lula e criticar Jair Bolsonaro. Para ele, o governo petista representa a “retomada do fio da história”, com distribuição de renda e a recolocação do Brasil no cenário internacional. Já o governo Bolsonaro, segundo o ex-ministro, pode ser resumido como uma tentativa de implantar uma ditadura no Brasil.

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