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Dino revelou antecipadamente a ministros plano que abalou o mercado, mas desagradou ao STF

Para magistrado, ordens executivas e judiciais dadas no exterior precisam ser homologadas no Brasil antes de provocarem efeitos em território nacional

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 ago 2025, 06h52 - Publicado em 23 ago 2025, 11h15

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), informou previamente a parte dos colegas o teor da decisão em que confirmou que ordens executivas e judiciais tomadas em outro país não têm validade imediata no Brasil. O despacho foi tornado público em uma ação que discutia a legitimidade de se fixar indenizações no exterior para os afetados pelo desastre ambiental de Mariana (MG), mas, com o esgarçamento das relações entre o Brasil e a Casa Branca, serviu também como resposta aos Estados Unidos, que enquadrou o ministro Alexandre de Moraes na Lei Magnitsky de sanções econômicas.

As ações do Banco do Brasil, instituição que atua em território americano mas que é também por onde Moraes recebe os pouco mais de 46.000 reais de salário como ministro do Supremo, por exemplo, tiveram queda de mais de 6% na terça-feira, 19, e levaram à perda de mais de 7 bilhões de reais em valor de mercado. Na sexta, Dino defendeu a decisão que tomou, embora diferentes magistrados tenham demonstrado desconforto com o impacto financeiro provocado pela ordem judicial. Para eles, o ideal era que a Corte tivesse deixado a poeira baixar, como indicou que faria o ministro Cristiano Zanin, relator de uma ação que pedia diretamente que a Magnitsky não produzisse efeitos no Brasil.

A ideia de Zanin, atropelado pelo colega de toga, era abrir vista para a Procuradoria-Geral da República e até ouvir bancos públicos e privados antes de tomar qualquer atitude concreta.  “Não esperem do Supremo que acirre disputas. Por outro lado, não esperem do Supremo que renuncie ao seu papel e que mate a soberania brasileira”, afirmou Flávio Dino em um evento em Salvador. “É essa nossa atitude de equilíbrio que nós temos buscado e esperamos que o diálogo prevaleça em relação a todos os temas nacionais e internacionais”, completou o magistrado.

O impasse de momento é tamanho que o próprio ministro Alexandre de Moraes reconheceu, em entrevista à Reuters, que os bancos brasileiros que têm operações nos Estados Unidos estão sujeitos à “aplicação da lei norte-americana” e, portanto, seriam potencialmente penalizados pela Magnitsky. “Esse desvio de finalidade na aplicação da lei coloca até instituições financeiras em uma situação difícil. E não são só instituições financeiras brasileiras, mas são seus parceiros norte-americanos, são empresas norte-americanas que atuam no Brasil e também têm contas, investimentos, financiamentos de bancos brasileiros”, declarou.

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