Nada poderia ter sido pior para Lula. Ao confirmar sua condenação por corrupção passiva e lavagem de dinheiro e aumentar sua pena para doze anos e um mês de prisão, o TRF4 pavimentou o caminho para que ele seja preso e declarado inelegível. E ambas as punições podem ser concretizadas muito mais rapidamente do que os advogados do ex-presidente imaginavam. Como a decisão foi unânime, a defesa perdeu o direito a ingressar com os chamados embargos infringentes, um recurso jurídico que poderia retardar o desfecho do julgamento em até seis meses. Sem eles, restam à defesa de Lula apenas os embargos de declaração, que se limitam a pedir o esclarecimento de pontos eventualmente obscuros ou inconsistentes da sentença. O TRF4 deve analisar esses embargos em quarenta dias. Salvo incidente ou decisão judicial de algum tribunal superior suspendendo o processo, é esse o prazo que, a partir de agora, separa Lula da cadeia. Sempre pode haver algum recurso de última hora, ou uma manifestação jurídica um pouco fora do padrão que venha a salvar Lula do abismo, mas a possibilidade de que ele seja preso nunca foi tão real e nunca esteve tão próxima, como mostra VEJA desta semana.
Assine agora o site para ler na íntegra esta reportagem e tenha acesso a todas as edições de VEJA:
Ou adquira a edição desta semana, a partir desta quinta-feira, 25 de janeiro de 2018, para iOS e Android.
Aproveite: todas as edições de VEJA Digital por 1 mês grátis no Go Read.