A defesa do ex-ministro Ciro Gomes (PDT) entrou, na noite desta sexta-feira, 17, com um habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) para tentar anular a Operação Colosseum, deflagrada contra ele na última quarta-feira.
O argumento dos advogados Walber de Moura Agra e Francisco de Queiroz Bezerra Cavalcanti é que Polícia Federal e Ministério Público Federal deflagraram as buscas sem elementos indiciários e com base apenas na palavra de delatores da Odebrecht e da Queiroz Galvão.
Os defensores também consideram que houve ‘emprego midiático e político’ da operação a menos de um ano da eleição, já que Ciro Gomes é pré-candidato à presidência da República pelo PDT: “Propiciar uma ambiência para propagação de fake news; obter uma descabida medida de invasão de domicílio, com apreensão de equipamentos sequer fabricados à época dos hipotéticos fatos; e promover um linchamento moral do paciente, com foco em estorvar suas perceptivas eleitorais”, disseram os advogados no texto.
A investigação, que foi aberta em 2017, é sobre suspeitas de fraudes e pagamento de propinas a políticos e servidores públicos do Ceará nas obras do Estádio Castelão, em Fortaleza, entre 2010 e 2013. Os advogados de Ciro Gomes também citam a demora para o início da apuração destes fatos.