Datafolha: Haddad e Ciro têm 13%; Bolsonaro lidera com 26%
Petista avançou quatro pontos porcentuais depois de ser oficializado pelo PT como candidato; deputado federal cresceu dois pontos
O Datafolha divulgou nesta sexta-feira, 14, uma nova pesquisa eleitoral com números para a corrida presidencial de 2018. No levantamento, o primeiro feito pelo instituto de pesquisas após o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad ser oficializado pelo PT como candidato ao Palácio do Planalto, em substituição ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Haddad subiu quatro pontos porcentuais em relação ao levantamento anterior, divulgado na segunda-feira 10, e tem agora 13% das intenções de voto, mesmo número que Ciro Gomes (PDT). O pedetista se manteve com o mesmo percentual apurado na pesquisa anterior.
O líder na corrida presidencial, conforme o Datafolha, continua o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL), com 26%, um avanço de dois pontos porcentuais sobre o último levantamento. Atingido por uma facada em um ato de campanha em Juiz de Fora (MG) na quinta-feira 6, Bolsonaro está internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, e passou por uma cirurgia de emergência na quarta-feira 12. Desde o atentado, o presidenciável cresceu quatro pontos porcentuais.
Considerando a margem de erro de dois pontos porcentuais para mais ou para menos, a vice-liderança na disputa presidencial tem ainda Geraldo Alckmin (PSDB), com 9%. O tucano está empatado dentro da margem de erro com Marina Silva (Rede), que aparece com 8%.
No levantamento anterior do instituto de pesquisas, Bolsonaro tinha 24% das intenções de voto, Ciro aparecia com 13%, empatado na margem de erro com Marina (11%), Alckmin (10%) e Haddad (9%).
Na pesquisa divulgada nesta sexta-feira, Alvaro Dias (Podemos), João Amoêdo (Novo) e Henrique Meirelles (MDB) aparecem com 3% cada; Vera Lúcia (PSTU), Cabo Daciolo (Patriota), Guilherme Boulos (PSOL) têm 1% cada; João Goulart Filho (PPL) e José Maria Eymael (DC) não pontuaram. Eleitores que responderam que pretendem votar em branco ou nulo são 13%, enquanto eleitores que não sabem ou não responderam somam 6%.
A pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira ouviu hoje 2.820 eleitores nos 26 estados e no Distrito Federal entre os dias 13 e 14 de setembro. O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número de identificação BR-05596/2018.
Rejeição
O Datafolha também mediu a rejeição aos candidatos à Presidência da República. Jair Bolsonaro é o mais rejeitado, com 44% dos eleitores respondendo que não votariam nele de jeito nenhum, aumento de um ponto porcentual em relação ao último levantamento; Marina Silva era rejeitada por 29% e agora, 30%; a rejeição a Fernando Haddad passou de 22% para 26%; a de Geraldo Alckmin, de 24% para 25%; e a Ciro Gomes, de 20% para 21%.
O atentado contra Bolsonaro, que poderia levar à diminuição da rejeição ao candidato do PSL, não teve esse efeito – pelo contrário. Conforme o Datafolha, o número de eleitores que respondem não votar no capitão da reserva do Exército cresceu cinco pontos porcentuais desde a facada em Juiz de Fora.
Entre os candidatos menos competitivos, Vera Lúcia é rejeitada por 29% do eleitorado; Cabo Daciolo, por 18%; José Maria Eymael, Guilherme Boulos e Henrique Meirelles, por 17% cada; Alvaro Dias, por 16%; João Amoêdo, por 15%; e João Goulart Filho, por 14%.
Responderam que rejeitam todos ou não votariam em nenhum dos candidatos 4% dos eleitores; os que votariam em qualquer um ou não rejeitam nenhum dos presidenciáveis somam 2%. Não souberam responder 5%. O número total em relação à rejeição é superior a 100% porque os eleitores podem apontar mais de um candidato em quem não votariam.