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Das Jornadas de Junho para a maior entidade de secundaristas do país

A trajetória de Pedro Gorki, nascido para a política

Por Giovanna Romano Atualizado em 4 jun 2024, 15h16 - Publicado em 3 jan 2020, 06h00
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  • ASCENSÃO - O militante: mirando a eleição para a Câmara dos Vereadores de Natal
    ASCENSÃO - O militante: mirando a eleição para a Câmara dos Vereadores de Natal (./.)
    ASCENSÃO - O militante: mirando a eleição para a Câmara dos Vereadores de Natal
    ASCENSÃO - O militante: mirando a eleição para a Câmara dos Vereadores de Natal (./.)

    Em meio às já célebres Jornadas de Junho — como ficaram conhecidas as grandes manifestações que sacudiram o Brasil em 2013 —, um garoto de 12 anos gritava palavras de ordem nas ruas de Natal (RN) contra a elevação do preço das passagens de ônibus, o estopim da revolta. Na sequência, ele quis participar da ocupação da Câmara Municipal, mas a mãe não o autorizou. Foi a última vez que ela freou sua militância. Em 2016, quando o movimento estudantil começou a invadir escolas em protesto contra a PEC do Teto de Gastos, a Medida Provisória do Ensino Médio e o projeto Escola sem Partido, Pedro Lucas Gorki Azevedo de Oliveira liderou centenas de jovens que tomaram o Instituto Federal no estado e a Secretaria da Educação por dez dias. Depois disso, o adolescente ajudou a reativar a União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas, que ficou sob seu comando por alguns meses. No fim de 2017, ainda com 16 anos, Pedro acabou eleito presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), com 84% dos votos. O mandato termina em maio próximo.

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    Filho de servidores públicos ligados ao sindicalismo, o estudante nasceu na capital potiguar em um “berço comunista”, por assim dizer. O nome Gorki lhe foi dado em homenagem ao escritor russo Máximo Gorki (1868-1936) — e Pedro jamais renegou suas origens. Com 7 anos, ganhou um cachorro e o batizou de Lênin. Aos 9, filiou-se à União da Juventude Socialista e, aos 16, entrou para o PCdoB, ao qual seus pais são filiados, por achar que o partido representava a vanguarda — opinião que ainda mantém, a despeito do apoio da sigla a ditaduras como Cuba e do desastre do comunismo.

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    Apesar da responsabilidade de dirigir a maior organização secundarista do país, Pedro não acredita que esse seja o seu maior desafio. Negro e nordestino, ele afirma ser alvo frequente de preconceito, sobretudo em São Paulo, para onde se mudou, sozinho, por causa da sede da Ubes. Seu engajamento a favor de uma educação de qualidade e sua luta contra o racismo caminham em paralelo ao gosto pelo futebol e ao sonho de cursar direito na Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

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    Crítico, naturalmente, do atual governo, Pedro diz que é inaceitável o filho do presidente da República falar em retorno do AI-5, como fez, em tom de ameaça, o deputado federal Eduardo Bolsonaro. O jovem não esconde que seu projeto político esteja apenas no início: neste 2020, vai tentar ser eleito vereador em Natal. Como se vê, 2013 é um ano que não terminou.

    Publicado em VEJA de 8 de janeiro de 2020, edição nº 2668

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