Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Crítica de ministro de Lula após eleições municipais gera reação no PT

Alexandre Padilha, que é petista, disse que o partido 'não saiu ainda do Z4' e que precisa fazer 'avaliação profunda'

Por Da Redação Atualizado em 29 out 2024, 11h29 - Publicado em 28 out 2024, 21h06
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A avaliação do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, sobre o desempenho do PT nas eleições municipais gerou uma reação da presidente do partido, Gleisi Hoffmann, na noite desta segunda-feira, 28. Ao deixar uma reunião que havia feito com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o pleito, Padilha, que também é filiado à legenda, afirmou que a sigla precisa fazer uma “avaliação profunda” e que ela “não saiu ainda do Z4 que entrou em 2016 nas eleições municipais”, fazendo uma metáfora com o futebol.

    Em uma publicação no X (antigo Twitter), Gleisi acusou Padilha de “ofender” o PT. “Temos de refrescar a memória do ministro Padilha, o que aconteceu conosco desde 2016 e a base de centro e direita do Congresso que se reproduz nas eleições municipais, que ele bem conhece”, escreveu Gleisi. “Pagamos o preço, como partido, de estar num governo de ampla coalizão. E estamos numa ofensiva da extrema direita. Ofender o partido, fazendo graça, e diminuir nosso esforço nacional não contribui para alterar essa correlação de forças.”

    “Padilha devia focar nas articulações políticas do governo, de sua responsabilidade, que ajudaram a chegar a esses resultados. Mais respeito com o partido que lutou por Lula livre e Lula presidente, quando poucos acreditavam”, finalizou a presidente da sigla.

    O que disse Padilha

    Após deixar a reunião com Lula, Padilha citou as vitórias, no domingo, de candidatos que apoiaram Lula em 2022 contra adversários bolsonaristas e destacou que nenhum dos ex-ministros do ex-presidente foi eleito. E exaltou a primeira vitória do PT em uma capital desde 2016, com a eleição de Evandro Leitão em Fortaleza.

    Padilha afirmou que Lula também tinha se encontrado com Gleisi para falar sobre a reunião do PT para um balanço do pleito municipal. “A presidenta Gleisi trouxe os dados de que o PT é o terceiro partido que mais cresceu em número de prefeituras, é o terceiro que mais cresceu em população governada depois desse segundo turno. Voltou a governar uma capital, então, traz dados importantes em relação a isso”, disse o ministro. Ela também levou ao presidente a informação de que a legenda participou de 1.100 vitórias eleitorais, como vice ou como parte da coligação.

    Continua após a publicidade

    “Agora, eu, enquanto filiado ao PT, deputado federal (licenciado) do PT, tenho certeza absoluta de que o PT vai, tem que fazer uma avaliação profunda desse debate das eleições municipais. Não tem nenhum impacto sobre a eleição presidencial, nunca teve. Se a eleição municipal tivesse algum impacto sobre a eleição presidencial, o Lula nunca tinha sido eleito presidente da República, nem o PT nunca teria sido o partido que desde 1989 ou ganha ou estava no segundo turno das eleições presidenciais. O PT é o campeão nacional das eleições presidenciais, mas, na minha avaliação, não saiu ainda do Z4 que entrou em 2016 nas eleições municipais. Então, teve conquistas importantes: a eleição numa capital, elegeu cidades importantes nesse segundo turno. Mas ainda tem um esforço de recuperação, e eu acho que o PT vai fazer uma avaliação sobre isso, certamente sobre esse resultado, como voltar a ser um partido com mais protagonismo, sobretudo nas grandes cidades, nas médias cidades”, ponderou o ministro.

    Emendas parlamentares

    Padilha avaliou que os números mostraram que a “grande vitoriosa” dessa eleição foi a reeleição. “Teve um tsunami de reeleição no país. Foi 82% a taxa de reeleição, é a maior taxa da história de reeleição, o que tinha chegado mais próximo disso foi durante a pandemia, 20 pontos percentuais a menos de reeleição, em torno de 63%, 64% em 2020, durante a pandemia, que era uma situação muito específica de falta de possibilidade de campanha na rua, menos debates”, afirmou o ministro.

    “E inclusive agora no segundo turno isso se confirmou também. Mesmo prefeitos que, por exemplo, não tinham ultrapassado 30% no primeiro turno conseguiram se reeleger e, de certa forma, esses prefeitos aproveitaram o bom momento de recuperação econômica do país, de crescimento econômico, de redução do desemprego, aproveitaram a verdadeira injeção de recursos que o governo federal fez com o aumento das transferências diretas”, complementou.

    Continua após a publicidade

    Na sequência, Padilha apontou que foram repassados 67 bilhões de reais diretamente para os fundos municipais em um ano e dez meses. “É um recurso livre para o prefeito, para a prefeita administrar seu município, ampliar serviços, ampliar contratação, fazer as suas entregas”, comentou, detalhando que uma parte dos recursos veio da compensação do ICMS, outra do aumento do repasse para o Fundo de Participação dos Municípios e outra da redução da contribuição previdenciária municipal.

    “Sem contar o pagamento recorde de emendas parlamentares que nós fizemos, tanto no ano passado quanto neste ano, inclusive zerando calotes feitos pelo governo anterior e a retomada dos investimentos do PAC, do Minha Casa, Minha Vida, da Saúde, Educação”, acrescentou o petista.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.