CPMI da JBS aprova relatório final com novas alterações no texto
Documento manteve indiciamento dos irmãos Batista e recomenda uma investigação interna contra o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da JBS aprovou, nesta quinta-feira (14), o relatório final apresentado pelo deputado federal Carlos Marun (PMDB-MS). O texto recomenda apenas uma apuração de caráter administrativo e disciplinar contra o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot e seu ex-chefe de gabinete Eduardo Pellela. O deputado pedia o indiciamento dos dois e cedeu para conseguir a aprovação do documento.
Marun manteve no relatório, entretanto, o pedido de indiciamento de outras quatro pessoas, entre elas o ex-procurador Marcello Miller e o empresário Joesley Batista. Ele sustenta que Miller, que fazia parte da equipe de Janot, orientou os donos da JBS antes de deixar o Ministério Público Federal para atuar como advogado da própria JBS no processo de acordo de leniência.
Já os irmãos Joesley e Wesley Batista são acusados de corrupção ativa, uso indevido de informação privilegiada e manipulação de mercado. O relatório pede ainda o indiciamento do executivo Ricardo Saud, da JBS, por corrupção ativa.
Também foi retirado do texto final trecho que fazia parte do relatório parcial do deputado Wadih Damous (PT-RJ) e pedia a investigação do advogado Carlos Zucolotto e dos procuradores Carlos Fernando dos Santos Lima, Roberto Pozzobom e Julio Noronha. Em um sub-relatório, o petista pedia a criação de uma nova CPMI para discutir a instituição de delações premiadas. Porém, o documento aprovado sugere que um projeto com o objetivo de rever as regras desse instrumento seja debatido no Congresso.
Janot e Pelella eram acusados pelo relator dos crimes de prevaricação, incitação à subversão e calúnia ou difamação do presidente da República. O ex-PGR também deveria responder por abuso de autoridade, sustentava o relatório original de Marun. Ao justificar o recuo, o futuro ministro da Secretaria de Governo, responsável pela articulação política de Temer, disse que refletiu e percebeu que não havia provas de materialidade dos crimes apontados.
Com a aprovação do relatório final a CPMI encerra os trabalhos. As conclusões serão encaminhadas à Mesa do Congresso para que encaminhe o documento aos órgãos responsáveis, inclusive o Ministério Público, para as devidas providências.
(Com Agência Brasil)
Essa é uma matéria exclusiva para assinantes. Se já é assinante, entre aqui. Assine para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.
Essa é uma matéria fechada para assinantes e não identificamos permissão de acesso na sua conta. Para tentar entrar com outro usuário, clique aqui ou adquira uma assinatura na oferta abaixo
Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique. Assine VEJA.
Impressa + Digital
Plano completo da VEJA! Acesso ilimitado aos conteúdos exclusivos em todos formatos: revista impressa, site com notícias 24h e revista digital no app, para celular e tablet.
Colunistas que refletem o jornalismo sério e de qualidade do time VEJA.
Receba semanalmente VEJA impressa mais Acesso imediato às edições digitais no App.
Digital
Plano ilimitado para você que gosta de acompanhar diariamente os conteúdos exclusivos de VEJA no site, com notícias 24h e ter acesso a edição digital no app, para celular e tablet.
Colunistas que refletem o jornalismo sério e de qualidade do time VEJA.
Edições da Veja liberadas no App de maneira imediata.