O PSB pediu a abertura de um processo por quebra de decoro parlamentar contra o deputado federal José Medeiros (Podemos-MT). Na Câmara, o parlamentar empurrou e chamou de “vagabundo” o deputado de oposição Eliel Machado (PSB-PR), em abril, durante uma discussão sobre a reforma da Previdência.
A requisição contra Medeiros foi protocolada na Comissão de Ética da Câmara na última terça-feira, 18.
O presidente do conselho, Juscelino Filho (DEM-MA), convocou uma reunião do colegiado para a próxima quarta-feira, 26, para instauração do processo disciplinar.
Caso Medeiros seja condenado, sanções serão discutidas pelos relatores. A mais grave seria a perda de mandato. Procurado pela reportagem, ainda não se manifestou.
Relembre o caso
Os deputados trocaram empurrões e discutiram no plenário da Câmara, em 24 de abril, após acusações de que parlamentares que votaram pela aprovação da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa receberam 40 milhões de reais em emendas parlamentares do governo do presidente Jair Bolsonaro. A informação tinha sido publicada no mesmo dia pela Folha de S.Paulo.
Defesa
Segundo Medeiros informou nesta terça-feira, 25, o caso “trata unicamente de uma resposta do PSB à representação anteriormente formatada por nós no Conselho de Ética, pela quebra de decoro por parte do deputado Eliel [Machado], quando insinuou que a Presidência da República teria comprado votos de parlamentares por 40 milhões de reais, distorcendo até mesmo a matéria da Folha de S.Paulo, que trata sobre emendas parlamentares”.
“O deputado denegriu a imagem de todo o Congresso e, indignado, me senti na obrigação de defender a honra de muitos que, como eu, têm na retidão de sua própria conduta seu maior patrimônio. Não tinha a mínima intenção de efetuar uma agressão física, mesmo porque não a fiz.”