Cinco horas depois da invasão da sede dos três poderes por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, o cenário é de destruição no Palácio do Planalto, local de trabalho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Supremo Tribunal Federal (STF) e nas principais estruturas do Congresso Nacional. Obras de artes foram destruídas em salões do Executivo, bandeiras derrubadas nos salões do Parlamento e armários arrombados no STF.
No Planalto, um dos poucos lugares imunes a invasão dos manifestantes foi o gabinete de Lula, informou o ministro da Secretaria de Comunicação Paulo Pimenta. À tarde, centenas de manifestantes invadiram o Planalto, subiram a rampa que dá acesso aos gabinetes e danificaram mobiliário histórico, televisões, computadores, máquinas de fotocópias e obras de arte. O ministro de Relações Institucionais Alexandre Padilha disse que integrantes da Força Nacional de Segurança lotados em Alagoas, Bahia, Piauí e Goiás serão deslocados a Brasília para reforçar a segurança de Brasília.
A partir desta segunda-feira, 9, o STF, que teve vidraças e armários completamente destruídos, passará por perícia para que se identifique a extensão dos estragos.
Os tapetes do Salão Verde do Congresso, local onde os deputados transitam diariamente para as votações em Plenário, foram completamente danificados e alagados. A luz teve que ser cortada em todo o Congresso para evitar curto-circuito. Canos estouraram após a invasão dos manifestantes. A presidência do Senado Federal também teve a sua estrutura destruída, com vidros quebrados e móveis danificados. Nem os armários que trazem peças históricas do Congresso Nacional, como presentes de chefes de Estado e objetos de antigas legislaturas, foram poupados.
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