Colunistas de VEJA analisam efeitos da crítica de Lira a Padilha
Tensão entre Arthur Lira e Alexandre Padilha também foi tema do programa Os Três Poderes desta sexta
Os efeitos do embate entre o bilionário Elon Musk e o ministro do STF Alexandre de Moraes foram debatidos pelos colunistas de VEJA na live de Os Três Poderes desta sexta, 12. A discussão tratou da urgência da regulação das redes sociais e das dificuldades na articulação do governo Lula com o Congresso. O editor Ricardo Ferraz apresentou o programa, que teve comentários dos colunistas Robson Bonin, de Radar, Ricardo Rangel e Matheus Leitão.
O dilema das redes
Os ataques de Elon Musk contra Alexandre de Moraes, que resultaram na inclusão do bilionário no inquérito das milícias digitais, reforçam a necessidade de regulação das redes. Conforme mostra reportagem de capa de VEJA, o embate reacendeu as discussões sobre internet e democracia no Brasil, mas a politização que acompanhou o caso não é positiva. No lugar do que começa a se tornar um debate distorcido entre esquerda e direita pela liberdade de expressão, o país precisa elaborar e pôr em prática um pacote de medidas urgentes para evitar que a internet se transforme de uma vez por todas numa terra sem lei.
Lira x Padilha
O presidente da Câmara, Arthur Lira, escancarou a ruptura na relação que existe entre ele e o responsável pela articulação política do governo Lula com o Congresso, o ministro Alexandre Padilha. Durante um evento no Paraná, o deputado chamou o chefe das Relações Institucionais de “desafeto pessoal” e “incompetente”. A fala foi motivada pela informação de que teria sido Padilha a fonte de um vazamento que imputou a Lira a liderança de uma articulação para favorecer a soltura do deputado Chiquinho Brazão, apontado como um dos mandantes da morte de Marielle Franco. O parlamentar nega a movimentação.
Mão pesada do Estado
Considerada a joia da coroa entre as empresas brasileiras de capital aberto controladas pelo Estado, a Petrobras é alvo permanente de cobiça. No atual mandato de Lula, a queda de braço é travada dentro da própria equipe do presidente: de um lado, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e do outro, o presidente da companhia, Jean Paul Prates. Os interesses em torno da empresa são compatíveis com o seu tamanho, uma vez que ela planeja investir 500 bilhões de reais até 2028. Seja quem for o vencedor desta batalha, o certo é que o intervencionismo em empresas de capital aberto já rendeu perdas de bilhões de reais a acionistas e aos cofres públicos, além de processos rumorosos por corrupção. Em meio à crise, na quinta, a Justiça afastou o presidente do Conselho de Administração da petroleira.