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Ciro não é a maior probabilidade do DEM, diz Rodrigo Maia

Presidente da Câmara ressaltou que é mais natural que o centro estabeleça um diálogo mais com Álvaro Dias e Alckmin, que deseja aliança com a legenda

Por Da Redação Atualizado em 13 jun 2018, 14h52 - Publicado em 13 jun 2018, 14h03

Pré-candidato ao Palácio do Planalto pelo DEM, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (RJ), afirmou nesta quarta-feira 13 ser “claro” que o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) não é a primeira opção de aliança dos partidos do chamado Centrão na disputa presidencial das eleições de 2018. Mas o parlamentar ponderou que não se pode restringir o diálogo.

Segundo ele, “é natural” que o centro tenha mais condições de diálogo com o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) e com o senador Alvaro Dias (Podemos-PR), mas isso não significa interditar conversas com legendas da oposição.

“(Ciro) é a maior probabilidade para o DEM? Claro que não é. Mas, se criamos esse ambiente chamado centro, que nunca existiu, se alguém restringe esse diálogo com A, B ou C, não é mais centro”, afirmou o parlamentar em entrevista após evento promovido pela Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert). “É natural que a gente tenha mais condições de diálogo com o governador Geraldo Alckmin, com o senador Álvaro Dias, mas não significa que a gente não possa conversa com PDT, PCdoB“, declarou.

Maia admitiu que poderá desistir de sua candidatura, em julho, caso entenda que há algum candidato com mais probabilidade de vitória do que ele. “Se a gente tiver transparência no debate, não tenho problema nenhum de chegar no dia 30 de julho e entender que tem um caminho que tem mais viabilidade do que o meu para construir palanques regionais e tempo de televisão. Por enquanto, não vejo ninguém com essas condições e não vejo ninguém no nosso campo, neste momento, com capacidade de liderar”, disse o presidente da Câmara.

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Maia afirmou que, embora o caminho natural seja apoiar Alckmin, Ciro será uma “opção clara” para o DEM num eventual segundo turno, dependendo das opções. Ele minimizou desavenças antigas entre integrantes do DEM e o presidenciável do PDT e defendeu “potencializar aquilo que teve de positivo” na relação entre eles, para que possam continuar dialogando.

Disse ainda ter conversado há algumas semanas com Álvaro Dias, que teria admitido ao deputado do DEM que abriria mão de sua candidatura em nome de uma união dos partidos de centro. “Se for convidado ou se eu convidar, também posso sentar com o Ciro para conversar”, afirmou.

Desejo de Alckmin

Geraldo Alckmin reiterou nesta quarta-feira 13 a intenção de ter o DEM em seu arco de alianças para a eleição deste ano. “É tudo que queremos”, disse quando questionado sobre o andamento das negociações com o partido do também presidenciável Rodrigo Maia.

“Enquanto tiver candidato, nós respeitamos. Mas se pudermos estar junto lá na frente, é tudo que queremos”, declarou o presidenciável após participar de um congresso de prefeitos organizado pela Federação Catarinense de Municípios (Fecam). Além dele, aceitaram o convite para participar do evento Ciro Gomes (PDT), Henrique Meirelles (MDB), João Amoedo (Novo), Aldo Rebelo (SD) e João Vicente Goulart (PPL).

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O tucano, que enfrenta um clima de descrença sobre sua viabilidade eleitoral entre aliados e membros do próprio partido, minimizou atritos com lideranças do PSDB. “Está muito bem (a situação com o PSDB). Aliás o Fernando Henrique Cardoso está nos ajudando muito até nessas articulações com os outros partidos”, disse, acrescentando que quatro legendas já estão com acordos encaminhados.

Alckmin frisou, no entanto, que a legislação mudou e os anúncios devem ser feitos apenas no fim de julho. “Esse período agora é para percorrer o Brasil, ouvir, conhecer e sentir os problemas.” O tucano também minimizou os resultados das últimas pesquisas de intenção de voto e deu como exemplo a eleição para o governo de Tocantins, no mês passado. “A dez dias das eleições, quem estava em primeiro era o ex-prefeito de Palmas e, em segundo, a senadora Katia Abreu. Nenhum dos dois foi para o segundo turno. Então a eleição começa mesmo depois que se souber quem são os candidatos”, argumentou.

(com Estadão Conteúdo)

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