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Campanha eleitoral ressuscita o ‘exército vermelho’ de Lula

MST cuida da segurança pessoal do ex-presidente, ajuda a formatar plano de governo e cria comitês populares em nome da campanha petista

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 12 jun 2022, 09h55 - Publicado em 11 jun 2022, 20h02
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    Lula com boné do MST: comitês populares // Reprodução Nacho Lemus/MST (reprodução/Reprodução)

    Nos governos do PT, o MST tinha acesso privilegiado ao dinheiro público. Somente na gestão de Dilma Rousseff, as associações ligadas ao movimento receberam 106 milhões em repasses da União, ajudando a financiar manifestações pelo país. Foram realizadas grandes marchas, invasões de fazendas e ocupação de prédios públicos. O MST também ajudava a escolher os superintendentes do Incra nos estados, encarregados de conduzir a desapropriação ou compra das fazendas invadidas.

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    No início do primeiro mandato do petista, João Pedro Stedile, principal líder do movimento, disse a Lula que os militantes do MST eram seus ‘soldados’. O ex-presidente sempre retribuiu o agrado, mesmo anos depois de deixar o segundo mandato. Em 2015, Lula declarou que sabia ir para as ruas, ainda mais se o exército de Stedile estivesse ao seu lado. Com Bolsonaro, as invasões de fazendas despencaram, o Incra perdeu orçamento e a reforma agrária resumiu-se em titulação dos assentados, livrando-os de um eterno controle do poder público, o que desagradou a cúpula do MST.

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    Agora, a campanha eleitoral de Lula ressuscitou o ‘exército vermelho’ de Stedile. O MST está criando centenas de comitês populares em defesa da eleição do petista e já anunciou a retomada da campanha pela reforma agrária. Lula vem retribuindo o agrado do movimento. Em agosto do ano passado, o ex-presidente iniciou sua campanha pelo Brasil visitando o assentamento Che Guevara, do MST, em Moreno, região metropolitana de Recife (PE). Em março, Lula foi ao assentamento Eli Vive, em Londrina.

    A parceria foi reafirmada no início do mês, quando Lula foi ao Rio Grande do Sul e sua segurança pessoal foi garantida por 150 militantes do MST, que formaram um cordão de isolamento nos locais visitados pelo petista.

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    Por enquanto, as manifestações têm se concentrado na Bahia, onde o MST conta com o apoio do governo estadual.  Em outubro, militantes do movimento ocuparam uma fazenda na Chapada Diamantina, em Ruy Barbosa (BA). Em março, invadiram a sede do Incra em Salvador.

    Não é apenas o MST que pretende ressuscitar ainda mais revigorado com a ascensão de Lula. Em maio, o candidato petista  prometeu transformar em bairro uma ocupação do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) em São Paulo. Na última quarta-feira, um grupo do MTST invadiu o Shopping Iguatemi, na Avenida Faria Lima, em São Paulo.

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