Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Câmara do Rio rejeita impeachment de Marcelo Crivella

Votação teve placar de 29 votos contrários ao processo e 16 favoráveis. Prefeito foi flagrado por jornal oferecendo vantagens a igrejas evangélicas e fiéis

Por Da Redação
Atualizado em 12 jul 2018, 18h16 - Publicado em 12 jul 2018, 17h44
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A Câmara Municipal do Rio de Janeiro negou nesta quinta-feira, 12, por 29 votos a 16, a admissibilidade do impeachment contra o prefeito da cidade, Marcelo Crivella, (PRB) por crime de responsabilidade e improbidade administrativa. Havia dois pedidos contra Crivella, um protocolado pelo vereador Átila Nunes (MDB) e outro pelo diretório municipal do PSOL, ambos rejeitados.

    Conforme parecer do procurador-geral da Câmara Municipal do Rio, José Luís Galamba Baumfeld, o processo de impeachment seria iniciado caso reunisse votos favoráveis de mais da metade dos vereadores presentes à sessão, isto é, maioria simples. Com a decisão dos vereadores, as ações serão arquivadas.

    As ações pediam que o prefeito deixasse o cargo depois de ser flagrado pelo jornal O Globo, em uma reunião com 250 pessoas no Palácio da Cidade, em Botafogo, oferecendo auxílio em cirurgias de catarata, varizes e vasectomia a fiéis e assistência a pastores que tivessem problemas com a cobrança de IPTU em seus templos. A reunião aconteceu fora da agenda oficial do prefeito, que é bispo licenciado da Igreja Universal e sobrinho de Edir Macedo, fundador da igreja.

    “Igreja não pode pagar IPTU, nem em caso de salão alugado. Mas, se você não falar com o doutor Milton, esse processo pode demorar e demorar. Nós temos que aproveitar que Deus nos deu a oportunidade de estar na prefeitura para esses processos andarem. Temos que dar um fim nisso”, disse Crivella no encontro, em conversa divulgada pelo jornal.,

    A gestão de Marcelo Crivella alega que o encontro teve como objetivo prestar contas e divulgar serviços, como mutirão de cirurgias de catarata e varizes, e que não há qualquer irregularidade na ação do prefeito em indicar uma assessora para orientar a população.

    Continua após a publicidade

    Desde antes do início da sessão desta quinta-feira, marcada para as 14h, grupos de manifestantes favoráveis e contrários a Marcelo Crivella já se colocavam nos arredores da Câmara do Rio, na Cinelândia.

    No plenário, o vereador Átila Nunes ressaltou, em seu discurso da tribuna, que Crivella não poderia governar apenas para uma parcela da população. “Não podemos ser omissos neste momento. Diversas denúncias aconteceram neste ano e meio de mandato. Ele não pode governar para uma parcela da sociedade. Os áudios gravados são do próprio Crivella, fazendo promessas indevidas. O que decidirmos aqui vai sinalizar para as futuras administrações que se deve governar para todos”, disse o vereador.

    Já o líder do governo na Câmara, vereador Doutor Jairinho (MDB), considerou que o país passa por problemas muito mais graves para serem resolvidos e que a reunião de Crivella não é motivo para impeachment. “O país passa por tantos problemas e vai se falar em reunião secreta? Quem vai dizer se ele deve governar a cidade é lá em 2020 [nas próximas eleições] e não através de golpe”, disse Jairinho.

    Continua após a publicidade

    Com a rejeição do pedido de impeachment, Marcelo Crivella ainda poderá enfrentar denúncia na ação civil pública ajuizada nesta quarta-feira pelo Ministério Público Estadual por violar o princípio do Estado laico na administração municipal e privilegiar apenas um segmento religioso em diversos atos. Se condenado, o prefeito pode perder o cargo e pagar multa equivalente a 500.000 reais.

    (com Agência Brasil)

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.