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Buscas da PF encontram cofre de Valdemar, arsenal e falsa receita de bolo

Operação Tempus Veritatis mirou autoridades e militares que teriam atuação em trama golpista investigada pela PF

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 Maio 2024, 18h48 - Publicado em 3 mar 2024, 20h11

Um Rolex prateado e um relógio de luxo suíço da marca Audemars Piguet dividiam espaço com uma pepita de ouro, uma arma com registro vencido e 31.100 reais em dinheiro vivo no cofre do apartamento do presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto.

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As descobertas foram feitas pela Polícia Federal durante a ordem de busca determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes na investigação que mira autoridades suspeitas de tramar um golpe de Estado para garantir a permanência de Jair Bolsonaro no poder. Costa Neto acabaria preso – e liberado três dias depois – por causa da arma, cujo registro federal, em nome do filho, havia expirado desde 2018.

Alvo de busca e apreensão de documentos, celulares e computadores, uma importante fonte de coleta de provas para que a PF avalie a eventual participação de cada suspeito na trama golpista – ao PL, por exemplo, coube questionar a segurança das urnas eletrônicas, o que levou o ministro Alexandre a impor uma multa de cerca de 23 milhões de reais à legenda –, Valdemar também teve apreendidos 27 cartuchos .38 que estavam guardados em uma estante, cinco outros relacionados ao revólver Smith&Wesson recolhido, além de pouco mais de 22.600 reais espalhados pelo imóvel e um terceiro relógio, um Bulgari dourado.

Receita de bolo com Neston: o arquivo que intriga investigadores

Também alvo de buscas, o tenente-coronel Guilherme Marques Almeida, do comando do 1º Batalhão de Operações Psicológicas do Exército, tornou-se célebre na Operação Tempus Veritatis por ter passado mal ao ser informado pela Polícia Federal da ordem expedida pelo ministro do Supremo, mas um arquivo em específico encontrado em seus pertences intrigou os investigadores.

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A partir da análise do conteúdo de um HD externo, a PF registrou um comentário à parte nos autos de apreensão: um arquivo salvo com o nome de uma receita de bolo pode ter, na verdade,  pouca relação com a suposta preferência culinária do alvo.

Isso porque, ao tentarem abrir a lista de ingredientes e o modo de preparo da sobremesa, os investigadores se depararam com um arquivo protegido por senha. Diz a PF: “Chama a atenção arquivo do tipo .docx denominado ‘Receita de Bolo com Neston’, visto que o referido documento possui denominação de conteúdo simples, todavia possui senha para abrir o arquivo”.

Exonerado no último dia 21 na esteira da operação policial, Guilherme tinha 13.702 imagens armazenadas no celular pessoal e mais de 5.300 vídeos, entre os quais loas às Forças Armadas, teorias conspiratórias sobre urnas eletrônicas e notícias de que Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, havia fechado um acordo de delação premiada.

Arsenal com oficial do Exército

No imóvel relacionado ao tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo Júnior, apontado como interlocutor de Mauro Cid para monitorar ações contra Bolsonaro tomadas pelo Judiciário e medir a temperatura de manifestantes acampados em frente ao QG do Exército, em Brasília, foram encontradas mais de 500 munições de diferentes calibres, quatro pistolas Taurus e um revólver do mesmo fabricante, um revólver Rossi, uma pistola Sig Sauer 9mm, uma pistola Beretta calibre .22, um revólver S&W calibre .22 e uma carabina Taurus 9mm. Todas as armas tinham registro.

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