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Brasil repete sua pior nota em ranking de percepção de combate à corrupção

No primeiro ano do governo Bolsonaro, país ficou em 106º em uma lista de 180 nações, atrás de Cuba e Colômbia e empatado com Argélia e Costa do Marfim

Por Da Redação Atualizado em 23 jan 2020, 08h25 - Publicado em 23 jan 2020, 08h18

O Brasil caiu uma posição e repetiu sua pior nota no ranking mundial de percepção de combate à corrupção, elaborado pela Transparência Internacional, em 2019. Ao registrar 35 pontos, o país igualou a nota de 2018, sua mais baixa da série histórica iniciada há sete anos, e ficou em 106º lugar em uma lista de 180 nações – na mesma posição de Albânia, Argélia, Costa do Marfim, Egito, Macedônia e Mongólia, e atrás de vizinhos latino-americanos, como Argentina (66º), Cuba (60º) e Colômbia (96º). A colocação do país no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) caiu pelo quinto ano seguido. Em 2018, o Brasil era o 105º.

No topo da lista, estão Dinamarca, Nova Zelândia e Finlândia, os países considerados menos corruptos por seus cidadãos. Já com as notas mais perto de zero, e avaliados como menos íntegros, estão Síria, Sudão do Sul e Somália. Na América do Sul, os piores postos ficam com Nicarágua (161º), Haiti (168º) e Venezuela (173º).

O resultado do ano passado marca o primeiro do governo do presidente Jair Bolsonaro. “A corrupção continua sendo um dos maiores obstáculos para o desenvolvimento econômico e social do Braisl. Com uma pontuação de 35, a mais baixa do IPC desde 2012, o Brasil continua estancado”, destaca o estudo. “Depois das eleições de 2018, em que a agenda anticorrupção teve um protagonismo, o Brasil experimentou uma série de retrocessos em seu marco legal e institucional contra a corrupção. E também enfrenta dificuldades para adiantar reformas amplas no sistema política.”

O IPC classifica os países de acordo com a percepção de investidores, acadêmicos, executivos e estudiosos na área de transparência sobre quão corrupto é o setor público. Entre os aspectos analisados, estão propina, desvio de recursos públicos, nepotismo, excesso de burocracia e capacidade de governos para conter a corrupção.

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