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Brancos, nulos e abstenções batem recorde e somam 42 milhões de pessoas

Número expressa desconfiança e descrédito com relação à política e às mudanças que essa eleição poderia trazer

Por Estadão Conteúdo 29 out 2018, 01h58

Os mais de 11 milhões de brasileiros que votaram em branco e nulo no segundo turno das eleições 2018, realizado neste domingo, 28, equivalem à população de um país como Portugal. Eles representam 9,5% dos 147,3 milhões de eleitores brasileiros. Jair Bolsonaro, candidato do PSL, foi o vencedor, escolhido por 57,7 milhões de brasileiros, e Fernando Haddad (PT) foi opção de outros 47 milhões.

Por sua vez, outros 31 milhões de brasileiros deixaram de ir votar — ou 21,30% do eleitorado. Somados aos brancos e nulos, 42,1 milhões não escolheram um dos dois candidatos para ser o 38º presidente eleito democraticamente pelo País.

Esse é o maior índice desde a redemocratização do Brasil. Nas eleições presidenciais de 1989, brancos e nulos somaram 5,8% do eleitorado — equivalente a 4 milhões de pessoas —, enquanto abstenções somaram 14,4% do eleitorado, quase 12 milhões de pessoas.

Na comparação com as eleições presidenciais de 2014, houve pequeno avanço na soma entre brancos e nulos. Naquele ano, 9,64% optaram por não votar em Aécio Neves ou Dilma Rousseff. Também naquele pleito, 19,39% dos eleitores deixaram de ir às urnas, o equivalente a mais de 27 milhões de pessoas.

Para o professor Maurício Fronzaglia, o número expressa desconfiança e descrédito com relação à política e às mudanças que essa eleição poderia trazer. “Em uma eleição muito polarizada, uma boa parte do eleitorado não se sentiu representado por nenhum dos lados. E não conseguiu escolher entre eles, nem mesmo entre o menos pior.”

Segundo ele, isso pode representar até mesmo uma descrença no próprio processo eleitoral. “Até que ponto a democracia representativa ainda se encaixa no nosso tempo? Ela foi pensada e adequada para a maioria dos países nas últimas décadas, quando o mundo era diferente. Está faltando um update (atualização) nas regras de funcionamento da democracia representativa.”

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