O presidente Jair Bolsonaro votou em uma escola municipal da Zona Oeste do Rio de Janeiro neste domingo de segundo turno de eleições municipais. Acompanhado do aliado de primeira hora Hélio Lopes, deputado federal pelo PSL, Bolsonaro utilizava máscara ao entrar no local de votação, mas provocou aglomeração ao chegar, às 10h37, na Escola Municipal Rosa da Fonseca. Ao longo do processo eleitoral, o presidente chegou a pedir votos para diversos candidatos a prefeito durante a live semanal de que participa e também em sua conta no Facebook, como os postulantes ao cargo em Manaus, Santos, Recife, Belo Horizonte, Fortaleza e São Paulo.
A benção de Bolsonaro, porém, não significou transferência automática de votos e importantes políticos que empunharam a bandeira bolsonarista, como o candidato à prefeitura de São Paulo, Celso Russomanno (Republicanos), naufragaram na corrida pelos Executivos municipais. O atual prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), também apoiado pelo presidente, está mais de 30 pontos percentuais atrás de Eduardo Paes (DEM), franco favorito na capital fluminense neste segundo turno.
“Discretamente emprestei meu nome para alguns candidatos. O povo decidiu”, disse o presidente após ter deixado o local de votação. Ele tentou minimizar o fato de ter pouco conseguido transferir votos a aliados e traçou paralelo com a eleição de 2016, quando o tucano e hoje desafeto João Dória foi eleito prefeito de São Paulo apoiado pelo ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB). Em 2018, quando o próprio Alckmin foi candidato à Presidência, amealhou cerca de 5% dos votos no pior desempenho do PSDB em eleições presidenciais. “Em 2016 lembro que em São Paulo o Dória foi eleito no primeiro turno, uma coisa rara de acontecer, apoiado pelo Alckmin. Em 2018 o Alckmin nem foi para o segundo turno”, afirmou.