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Bolsonaro: ‘Policial que não mata não é policial’

Deputado também defendeu o porte de fuzil para proprietários de terra e defendeu a manutenção do foro privilegiado

Oferecimento de Atualizado em 23 abr 2018, 19h22 - Publicado em 27 nov 2017, 12h54
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  • O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) fez nesta segunda-feira um discurso em defesa da violência policial e do armamento da população, em evento Amarelas ao Vivo, promovido pela VEJA. Perguntado sobre a participação de policiais militares na morte de centenas de pessoas no Rio, o pré-candidato à presidência da República afirmou que “policial que não mata não é policial” e que eles deveriam ser condecorados.

    Ele também se disse a favor do direito de proprietários de terra portarem fuzis para enfrentarem movimentos sem terra. Brincou até que seria uma boa ideia instituir o “bolsa fuzil”. “A propriedade privada é sagrada ou não? Então, dentro da nossa casa, para o fazendeiro, fuzil, é sagrado ou não é?”, questionou o parlamentar.

    Bolsonaro também foi perguntado sobre o foro privilegiado, do qual ele é beneficiário como deputado federal e que foi contestado pelo juiz Sergio Moro e pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso algumas horas antes, entrevistados no mesmo evento — os dois afirmam que o foro funciona, na prática, para retardar ações contra políticos, levando à impunidade.

    O parlamentar, por sua vez, disse ser a favor da manutenção da prerrogativa e classificou como um “engodo” o projeto aprovado no Senado, em março, que acaba com o foro. Segundo ele, mesmo se perderem o direito de serem julgados única e exclusivamente pelo Supremo, os parlamentares continuariam postergando o desfecho dos processos judiciais por meio de infindáveis recursos nas instâncias inferiores.

    O pré-candidato também foi instado a explicar declarações polêmicas que deu no passado, como por exemplo a de que era necessário fazer uma “uma guerra civil” dentro do Brasil e matar “uns 30.000”, incluindo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso; e a de que preferia ter um filho morto em um acidente a um filho gay. O parlamentar afirmou que tudo era “uma questão de momento”. “É como a mãe que fala que vai enforcar o filho e não faz nada. Nós temos esses momentos de querer chutar a barraca com tudo o que está lá dentro”, completou.

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