Bolsonaro inaugura 1º hospital federal de campanha, construído há 45 dias
Estrutura em Goiás, concluída em 22 de abril, foi entregue com 60 dos 200 leitos prometidos; no período, número de mortes no estado foi de 21 para 164
O presidente Jair Bolsonaro entregou nesta sexta-feira, 5, com 45 dias de atraso, o hospital de campanha montado na cidade de Águas Lindas de Goiás (GO), o primeiro construído pelo governo federal para tratar pacientes de coronavírus. Quando a instalação terminou de ser construída, no dia 22 de abril, Goiás tinha 438 casos de Covid-19 e 21 mortes – na quinta-feira 4, os números já haviam saltado para 5.023 pessoas infectadas e 164 mortos.
Desde que ficou pronto, o hospital, que custou 10 milhões de reais, ficou fechado – só começou a receber pacientes nesta sexta-feira. Além disso, dos 200 leitos prometidos, apenas 60 estão em funcionamento, segundo a prefeitura.
A demora é atribuída a trâmites burocráticos no Ministério da Saúde para a transferência da unidade ao governo goiano, que vai operá-la. De acordo com a gestão do governador Ronaldo Caiado (DEM), a União também havia se comprometido a entregar o local com quarenta unidades de UTI equipadas com respiradores, mas não conseguirá cumprir o combinado.
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Clique e AssineO acordo de cooperação entre o Ministério da Saúde e a gestão Caiado prevê quatro meses de funcionamento do hospital de campanha, que pode ser prorrogado. A estrutura visa receber pacientes do entorno do Distrito Federal, que fica a 50 quilômetros da capital federal.
Na visita, Bolsonaro esteve acompanhado de Caiado e dos ministros da Casa Civil, Walter Braga Netto, da Ciência, Tecnologia, Comunicações e Inovações, Marcos Pontes, e do interino da Saúde, Eduardo Pazuello. Ao descer do helicóptero que o levou até o local, o presidente levou um tombo e chegou a cair de joelhos, mas não se machucou.
Outro hospital de campanha federal prometido pelo ministério, ainda na gestão Mandetta, nem sequer começou a ser erguido em Manaus, onde o sistema de saúde colapsou. O prefeito Arthur Virgílio (PSDB) duvida que a promessa saia do papel.
(Com Agência Brasil)