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Bolsonaro anuncia fábrica israelense ‘que extrai água do ar’ 

Presidente fez anúncio em seu perfil no Twitter e disse que iniciativa é mais um ato de enfrentamento à falta de água no Nordeste

Por Da Redação 2 fev 2020, 18h07

O presidente Jair Bolsonaro anunciou, neste domingo, 2, em sua conta no Twitter, que uma fábrica israelense “que extrai água do ar” será construída no Brasil. “Mais uma via de enfrentamento da falta de água no Nordeste, além da dessalinização, poços artesianos e [Rio] São Francisco”, escreveu Bolsonaro. 

Além de água, o presidente da República acredita que “o empreendimento também criará empregos e desenvolvimento da região”.

Parcerias com Israel para melhorar o abastecimento de água na região Nordeste são defendidas por Jair Bolsonaro desde a transição para o seu governo. Há um ano, o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações Marcos Pontes viajou para Israel com equipe de técnicos para conhecer experiências de reuso e dessalinização de água.

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Em novembro do ano passado, técnicos e dirigentes da Agência Nacional de Águas estiveram em Israel para discutir memorando de entendimento sobre gestão de recursos hídricos, águas residuárias, gerenciamento de esgotos, além de reuso e dessalinização de água.

Apesar do esforço de Bolsonaro em realizar parceiras com Israel, a tecnologia para gerar água não é uma novidade no Brasil. O engenheiro Pedro Ricardo Paulino desenvolveu uma máquina capaz de gerar 5 mil litros de água potável por dia através de um processo de condensação de alta eficiência que consegue captar a umidade presente no ar e a submeter a um processo de potabilização para o consumo humano.

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Paulino é o criador da máquina “Wateair”, junção das palavras em inglês “water” (água) e “air” (ar). O equipamento ganhou protagonismo no auge da crise da falta de água que atingiu São Paulo, em 2014. Desde então, o engenheiro já vendeu mais de 200 unidades da máquina.

De acordo com Paulino, a “Wateair” absorve a umidade presente no ar, condensa e filtra a água e, na última etapa, o líquido passa por um processo, no qual recebe cálcio, magnésio, potássio e silício, para se tornar potável. “Tudo o que a máquina precisa para funcionar é uma fonte de energia elétrica e a umidade do ar superior a 10% (recomendação mínima da Organização Mundial da Saúde, OMS)”, diz o idealizador do equipe.

(Com Agência Brasil e EFE)

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