Bolsonaro anuncia almirante como ministro de Minas e Energia
Bento Albuquerque Junior é diretor-geral de desenvolvimento nuclear e tecnológico da Marinha
O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) anunciou na manhã desta sexta-feira o almirante-de-esquadra Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Junior como futuro ministro de Minas e Energia de seu governo.
Este é o primeiro integrante da Marinha a integrar o próximo governo, que já contempla quadros do Exército e da Aeronáutica. Agora, as Forças Armadas têm representantes de todas as áreas.
Diretor-geral de desenvolvimento nuclear e tecnológico da Marinha, ele está à frente do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), que prevê a construção de quatro submarinos convencionais e um movido a propulsão nuclear.
O primeiro submarino do programa, o Riachuelo, está previsto para ser lançado no próximo dia 14 de dezembro. Já o primeiro submarino nuclear brasileiro deve entrar em operação, segundo o próprio almirante, em 2028.
Nas discussões da equipe de transição chegou a se cogitar fundir essa pasta a um superministério da Infraestrutura, que reuniria ainda Cidades, Transportes e Integração Nacional, mas a ideia foi descartada.
Antes do anúncio oficial pelo próprio presidente eleito, alguns nomes haviam sido cotados para o posto, como o do economista Luciano de Castro, atualmente na Universidade de Iowa, nos Estados Unidos.
O almirante Bento Costa Lima também já atuou como assessor parlamentar do gabinete do Ministro da Marinha no Congresso Nacional e chefe de gabinete do Estado-Maior da Armada. Foi ainda secretário de Ciência e Tecnologia e Inovação da Marinha e comandante dos submarinos “Tamoio” e “Tonelero”, encarregado dos estudos de planejamento militar, de jogos de guerra e de política e estratégia da Escola de Guerra Naval.
Nascido no Rio de Janeiro, ele iniciou sua carreira da Marinha em 1973, ocupando cargos no Brasil e no exterior. Fora do país, foi Observador Militar das Forças de Paz da Organização das Nações Unidas nos Setores: de Saraievo, na Bósnia e Herzegovina; e de Dubrovnik, na Croácia. Observadores Militares são enviados a países instáveis para monitorar acordos de cessar-fogo em ambientes de guerra. Foi também Diretor-Geral da Junta Interamericana de Defesa.
(com Estadão Conteúdo)