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Barroso telefona para Lula; Câmara suspende sessões após explosão próxima ao STF

Polícia Federal abriu inquérito para apurar o caso

Por Laryssa Borges, Ricardo Chapola, Hugo Marques e Marcela Mattos
Atualizado em 14 nov 2024, 00h01 - Publicado em 13 nov 2024, 21h57

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso telefonou na noite desta quarta-feira, 13, para o presidente Lula após duas explosões terem ocorrido nas proximidades da Corte e disse estar acompanhando a ocorrência que culminou na morte de um homem e na explosão de um veículo recheado de bombas e de propriedade do ex-candidato a vereador Francisco Wanderley Luiz, que nas eleições de 2020 concorreu com o nome político de Tiú França. Barroso também conversou com o diretor-geral da Polícia Federal Andrei Rodrigues e com a governadora em exercício do Distrito Federal Celina Leão.

O prédio do STF foi evacuado por volta das 20 horas após duas explosões terem sido ouvidas – uma vinda de um veículo estacionado em um anexo da Câmara dos Deputados, dentro do qual foram encontradas bombas, e outra que culminou na morte de um homem próximo à entrada principal do Supremo. Os magistrados foram retirados do prédio em segurança, enquanto as sessões do Congresso Nacional, a poucos metros dali, foram suspensas por precaução. Em uma rede social, o ministro do STF Flávio Dino publicou há pouco uma foto da Corte e disse que “a Justiça segue firme e serena”.

O presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), estava no Senado no momento do episódio e deixou o local pela garagem acompanhado de seguranças. Momentos antes, ele também conversou com a governadora em exercício e foi informado de que a polícia havia reforçado os arredores da Esplanada dos Ministérios “porque o risco não está totalmente dissipado”.

“É natural que diante de um acontecimento desse que foi noticiado, uma pessoa morreu, um carro teve fogos, óbvio que agora toda a força de segurança tem que estar em alerta nesse instante. Por isso o reforço dessa segurança em todos dos prédios, do Palácio do Planalto ao Supremo Tribunal Federal, passando, evidentemente, pelo Congresso Nacional”, disse Pacheco.

Em nota, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse que a explosão deve ser apurada “com a urgência necessária” e reafirmou “veementemente meu total repúdio a qualquer ato de violência”. Em ato publicado na sequência, Lira suspendeu todas as atividades legislativas e administrativas da Casa até as 12h desta quinta-feira, incluindo sessões plenárias, reuniões de comissões e os demais eventos programados.

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PF investiga

A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar o caso, e a corporação realiza uma ampla varredura na área em busca de potenciais novos explosivos. Por volta das dez horas da noite, um carro do Instituto Médico Legal (IML) chegou à Praça dos Três Poderes. O corpo de um homem, que conforme revelou o Radar, trata-se do ex-candidato a vereador Tiú França, será vistoriado com robôs anti-bomba antes de ser removido.

“As forças federais de segurança pública acompanham atentamente os acontecimentos ocorridos na capital do país e estão preparadas para assegurar o pleno funcionamento dos Poderes constituídos. A Polícia Federal está trabalhando com rigor para elucidar, com celeridade, a motivação das explosões na Praça dos Três Poderes, em frente ao Supremo Tribunal Federal, e nos arredores do Congresso Nacional”, disse o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, por meio de nota.

Em uma rede social, o advogado-geral da União Jorge Messias disse que “a Polícia Federal investigará com rigor e celeridade as explosões no perímetro da praça dos três Poderes” e defendeu que se conheça com brevidade as motivações que levaram ao episódio. “Precisamos saber a motivação dos ataques, bem como restabelecer a paz e a segurança o mais rapidamente possível”, afirmou.

 

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