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‘Banco de talentos’ é ‘indicação política’ com outro nome, diz Alcolumbre

Parlamentares da base aliada poderão indicar nomes técnicos para vagas disponíveis no governo; presidente do Senado nega que isso seja 'troca-troca'

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 22 fev 2019, 18h01 - Publicado em 22 fev 2019, 17h25
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  • O presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM-AP), ironizou, em conversa com jornalistas na manhã desta sexta-feira 22, o termo “banco de talentos” escolhido pelo governo do presidente Jair Bolsonaro para que parlamentares da base indiquem nomes e currículos para ocuparem vagas nos segundos e terceiros escalões do governo federal nos estados.

    “É (indicação política), só colocaram outro nome: banco de talentos. Será que no outro modelo as pessoas não tinham talentos? As pessoas também tinham talento antes”, disse Alcolumbre, durante café da manhã com jornalistas na residência oficial do Senado Federal, em Brasília.

    A ideia do governo federal é que os deputados e senadores da base aliada apresentem nomes técnicos para as vagas disponíveis. Esses quadros serão avaliados pelos ministros, que farão uma espécie de processo seletivo para escolher o profissional. A interrupção nas nomeações tem irritado integrantes de partidos que podem integrar a base aliada do governo no Congresso.

    Apesar de ironizar o nome escolhido, Alcolumbre disse ser favorável à criação do banco. “Acho que tem que fazer esse banco de talentos. É um nome bacana, né? O parlamentar na base quer prestigiar aliados”, disse o presidente do Senado. “Todos os partidos têm talentos para indicar e o banco de talentos que o governo está apresentando é a possibilidade de o parlamentar se ver prestigiado especialmente em sua base eleitoral, especialmente em relação às respostas que a sociedade quer.”

    O presidente do Senado disse ainda que o governo de Bolsonaro está adotando um modelo em relação à escolha de nomes para cargos na administração pública que ainda não havia sido adotado no país. “Sempre tinha composição política, era claro. Partidos com ministérios, votos. Eram acordos. (O governo) Mudou uma coisa de 30 anos. Não dá para cobrar de um partido ‘vota aí porque tem um ministério aí’. Mas acho que a questão da relação de prestigiar parlamentar no Estado não é troca-troca”, afirmou.

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