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Ataques de Gilmar a Janot são ‘deploráveis’, diz ANPR

Associação de procuradores critica declaração do ministro, que disse considerar Janot “o procurador mais desqualificado” que já passou pela PGR

Por Da redação
Atualizado em 7 ago 2017, 17h40 - Publicado em 7 ago 2017, 16h59
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  • Diante dos ataques do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) divulgou nesta segunda-feira uma nota de repúdio em que classifica como “deplorável” o comportamento do ministro. Gilmar disse hoje que considera Janot “o procurador mais desqualificado” que já passou pela Procuradoria-Geral da República e que “não tem preparo jurídico nem emocional para dirigir um órgão dessa importância”.

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    A nota, assinada por José Robalinho Cavalcanti, presidente da ANPR, afirma que as declarações de Gilmar Mendes são “absolutamente sem base” e revelam “objetivos e opiniões pessoais (além de descabidas)”.

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    “É deplorável que um Magistrado, membro da mais alta Corte do País, esqueça reiteradamente de sua posição para tomar posições políticas (muito próximas da política partidária) e ignore o respeito que tem de existir entre as instituições, para atacar em termos pessoais o Chefe do Ministério Público Federal”.

    O texto lembra que Rodrigo Janot foi duas vezes o candidato mais votado da lista tríplice eleita pelos procuradores da República para a PGR e aprovado, nas duas ocasiões, pelo Senado. “Tudo isso a demonstrar o apoio interno e externo que teve, mercê de seu preparo técnico, liderança e história no Ministério Público Federal”, afirma a ANPR, que classifica o trabalho do procurador-geral como “impessoal, objetivo, intimorato e de qualidade”.

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    A associação de procuradores ainda ressalta que o Ministério Público Federal “não age para perseguir ninguém, e não tem agendas que não o cumprimento de sua missão constitucional” e afirma que “o MPF e suas lideranças jamais se intimidarão. Estamos em uma República, e ninguém nela está acima da Lei”.

    O clima entre Rodrigo Janot e Gilmar Mendes azedou em março deste ano, quando o ministro do STF acusou a PGR de estar por trás de vazamentos ilegais de informações da Lava Jato. Sem citá-lo nominalmente, Janot o rebateu discursando que os procuradores procuram se distanciar “dos banquetes palacianos” — Gilmar é amigo de Temer e habitué de jantares nos palácios do Planalto e do Jaburu — e que “alguns” pretendem “nivelar a todos à sua decrepitude moral e, para isso, acusam-nos de condutas que lhes são próprias”.

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    Na semana passada, diante do novo pedido de prisão contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG) feito pelo procurador-geral, Gilmar Mendes afirmou : “As delações todas, essas homologações sem discussão, o referendo de cláusula, uma bagunça completa , ficaram  a reboque das loucuras do procurador. Certamente o tribunal vai ter que se reposicionar (no segundo semestre), até para voltar a um quadro de normalidade e de decência”.

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