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Após convocação de protesto, Bolsonaro cancela visita a universidade de SP

Estava prevista visita do presidente a um centro de pesquisa de grafeno da Universidade Mackenzie; grupos contra e a favor se mobilizaram para comparecer

Por Guilherme Venaglia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 27 mar 2019, 20h19 - Publicado em 27 mar 2019, 11h42

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) cancelou a visita que faria nesta quarta-feira, 27, a um centro de pesquisa de grafeno na Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo. A decisão ocorre após estudantes e movimentos políticos agendarem protestos nos últimos dias contra e a favor do presidente em frente à sede da universidade, no bairro da Consolação, região central de São Paulo.

Oficialmente, segundo a Secretaria de Comunicação da Presidência da República, o compromisso não foi cancelado porque em nenhum momento havia sido confirmado. No entanto, apesar de não constar na agenda do presidente, a visita fora confirmada pela assessoria do ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, e constava na lista de compromissos públicos do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno.

Pontes e Heleno, assim como o governador João Doria (PSDB) e o prefeito Bruno Covas (PSDB), estariam presentes. O compromisso já foi retirado das agendas de Doria, a princípio para aguardar um posicionamento do governo federal, e de Bruno Covas.

O cancelamento da visita foi informado em comunicado interno do Mackenzie, assinado pelo chefe de gabinete da reitoria, professor Wilson do Amaral Filho, e confirmado a VEJA pela Secretaria-Geral da Universidade. No texto, Amaral afirma que a visita foi “cancelada pela Presidência da República”.

O chefe de gabinete ainda informa, no texto, que as vias de acesso que estariam fechadas para a vinda do presidente, na avenida da Consolação, serão reabertas, mas que as aulas que foram canceladas para aguardar o presidente permanecerão suspensas.

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Um indicativo de que a mudança dos planos do presidente está relacionada aos protestos é o fato de, pela manhã, ter sido aventada a transferência do compromisso, a apresentação do projeto do MackGraphe, que pesquisa os usos do grafeno, para a sede do Comando Militar do Sudeste (CMSE), no Ibirapuera. Era esse o endereço do encontro na agenda do prefeito de São Paulo.

Por volta das 12 horas, a agenda do ministro-chefe do GSI Augusto Heleno foi alterada. Onde constava a informação da visita ao Mackenzie, foi incluída a divulgação do MackGraphe no CMSE.

Agenda de Compromissos do ministro Augusto Heleno (Palácio do Planalto/Divulgação)

O agendamento dos protestos relacionados a Bolsonaro começou depois que o próprio presidente escreveu, em uma rede social, que visitaria o Mackenzie. “Nos próximos dias estaremos na Universidade Mackenzie – SP, referência na pesquisa de grafeno no Brasil, juntamente com o ministro de Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes”.

Com 330 confirmados, o evento “BolsoMack”, organizado pelo grupo Reaviva Mack, propunha uma recepção positiva para o presidente. “Os manifestantes devem vir com a camiseta do Brasil, verde e amarela, que refletem as cores de nossa Pátria Amada”, escreve o Reaviva, na mensagem

Já a postagem “Recepção, ei Bolsonaro”, do grupo URSAL Mackenzie, contava com cerca de 1.600 confirmados e 3.800 interessados e prometia um protesto contra a presença do presidente no local. “Gostaríamos de convidar todas e todos os mackenzistas a se juntarem para a realização de um ato contra a corrupção da família Bolsonaro e seus ministros e as propostas do então presidente para a educação nacional, como o projeto absurdo da Lei da Mordaça, e a Reforma da Previdência.”

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