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Aliado histórico de Lula, líder do MST dá ‘presente’ a Bolsonaro

Para Stedile, “a crise não é do Bolsonaro, a crise é do capitalismo”

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 15 Maio 2022, 08h48 - Publicado em 11 Maio 2022, 18h05

Aliado histórico de Lula e uma das autoridades chamadas ao palco da cerimônia de lançamento da pré-candidatura do petista ao Palácio do Planalto no sábado, 7, o líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), João Pedro Stedile, deu nesta quarta-feira, 11, a Jair Bolsonaro um daqueles “presentes” que dificilmente passarão despercebidos pela campanha à reeleição do presidente. Em entrevista ao programa on-line Na Berlinda, Stedile disse que a crise econômica por que passa o país tem um culpado, e não é o ex-capitão, e sim o “capitalismo”.

Embora seja claro em seu apoio a Lula nas eleições de outubro, as declarações de Stedile soam como música aos ouvidos de bolsonaristas. “Temos que organizar o povo, para então, num governo de mudanças, garantir um programa que de fato enfrente a crise, porque a crise não é do Bolsonaro, a crise é do capitalismo”, disse ele. Vanguardista na arte de explorar declarações públicas para fins políticos, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) comanda as redes sociais do pai desde as últimas eleições e tem usado deste expediente para, com vídeos recortados a seu gosto, desqualificar adversários e expor supostas contradições em seus discursos.

Na entrevista, o líder sem-terra faz digressões sobre como o capitalismo não consegue, em sua avaliação, produzir mais bens necessários para abastecer a humanidade e como sua deturpação – neste caso avalizada por Bolsonaro – gera crimes ambientais e ataques a terras indígenas. “Estamos enfrentando a crise ambiental resultante dos crimes que o grande capital comete contra a natureza. (…) É uma vergonha o governo incentivar invasão de terra indígena e pior ainda para fazer desmatamento e para a mineração de ouro, que usa muito mercúrio, contamina os rios e mata a população”, afirmou. “O que mudou com o Bolsonaro é mais grave do que a simples relação com o MST. O latifúndio, que era combatido, agora está dentro do governo. O presidente da UDR (entidade ruralista) agora é o chefe do Incra, ou seja, entregaram, literalmente, o galinheiro para a raposa”.

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