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Aliada de Moro reúne-se com Gilmar Mendes – e ouve o que não queria

Presidente do Podemos teve audiência com o maior desafeto da Lava-Jato e disse ter conversado sobre reforma política

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 17 fev 2022, 15h54 - Publicado em 17 fev 2022, 15h22
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  • DESAFETOS - O presidenciável Sergio Moro e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes
    Sergio Moro e Gilmar Mendes (Nelson Jr/STF; Adriano Machado/Reuters/STF)

    Presidente do Podemos e responsável pela formação de chapas e palanques regionais em favor do presidenciável Sergio Moro, a deputada federal Renata Abreu (SP) reuniu-se na noite desta quarta-feira, 16, com o maior desafeto do ex-juiz, o decano do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes. A audiência já havia sido solicitada há tempos, mas acabou sendo realizada em meio às discussões no Tribunal de Contas da União (TCU) sobre possíveis irregularidades na contratação do ex-magistrado da Lava-Jato pela consultoria americana Alvarez & Marsal.

    A conversa no gabinete de Mendes vinha caminhando bem. Renata Abreu discorreu sobre uma bandeira que pretende encampar no Congresso, a do voto preferencial, situação em que eleitores, em disputas majoritárias, ranqueiam, ao votar, quem eles querem ver eleito presidente, por exemplo, e ouviu do ministro do STF loas à ideia de semipresidencialismo. Até que, em determinado momento da reunião, a parlamentar sentiu-se à vontade para perguntar a Mendes que considerações ele tinha sobre Sergio Moro.

    Foi a deixa de que o ministro precisava para soltar o verbo contra o ex-juiz da Lava-Jato.  Gilmar Mendes criticou a atuação do então magistrado, considerado parcial pelo próprio Supremo, disse que Moro replicou, quando ministro da Justiça, o modus operandi de uma suposta investigação fiscal ilegal da Lava-Jato de Curitiba para o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) e afirmou que o hoje político usou de “ardis” para fazer parcerias supostamente ilícitas em prol de investigações contra a classe política. “O juiz Moro já teria condenado o consultor Moro por essa situação mal explicada da Alvarez & Marsal”, provocou o magistrado, de acordo com interlocutores do Supremo, antes de recordar à parlamentar uma antiga reunião em seu gabinete.

    Há alguns anos, o advogado Sigmaringa Seixas, que atuava como uma espécie de oráculo jurídico de Lula, foi até Gilmar acompanhado do criminalista Cristiano Zanin, responsável pela defesa do petista na Lava-Jato, e apresentou a ele a teoria conspiratória de que Moro se guiava por ordens da CIA para condenar políticos pilhados no petrolão. Depois da contratação do ex-juiz pela A&M, que tem em seus quadros ex-funcionários do serviço de inteligência americana, Gilmar disse à deputada do Podemos que a história parecia menos inverossímil.

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    Renata Abreu foi pega de surpresa com a ofensiva de Mendes e tentou minimizar o mal-estar. Defendeu a Lava-Jato, afirmando que a maior operação de combate à corrupção do país teve acertos e erros, e perguntou se o decano do STF estaria disposto a conversar ou se encontrar com Sergio Moro. Vindo do maior crítico da Lava-Jato, a resposta foi um lacônico ‘não’.

    Um político da Executiva do Podemos disse a VEJA que a deputada, na reunião, tinha a intenção de levantar a hipótese de uma espécie de um armistício entre o ministro e o presidenciável. Procurada, Renata Abreu negou até que tenha conversado com Gilmar sobre Sergio Moro. “Estive com o ministro Gilmar Mendes diversas vezes. Sempre converso com ele sobre reforma política”, declarou.

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